O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, foi reeleito presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) que reúne cinco municípios, quatro do distrito de Setúbal e um de Beja.

O comunista Vítor Proença foi eleito, terça-feira, na primeira reunião do novo conselho intermunicipal, órgão executivo da CIMAL, composto pelos presidentes dos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines e Odemira, eleitos nas autárquicas do passado dia 26 de setembro.

De acordo com Vítor Proença foram também eleitos como vice-presidentes do novo conselho intermunicipal o autarca de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha (CDU), e o de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas.

A lista única, presidida por Vítor Proença, foi aprovada por unanimidade pelos cinco autarcas, três da CDU (Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém) e dois do PS (Sines e Odemira).

De acordo com Vítor Proença, a Habitação e os acessos rodoviários e ferroviários são algumas das principais prioridades da CIMAL para o mandato 2021-25 estando previstas reuniões para “preparar o novo quadro estratégico, os princípios do novo pacto que vamos ter que estabelecer no novo plano de financiamentos comunitários”.

Além disso, adiantou, “pretendemos convocar o Conselho Estratégico para abordarmos com os empresários, construtores-civis e com o Governo as questões relativas à Habitação”.

O comboio de passageiros na Linha do Sul “continua a estar na agenda” dos autarcas do litoral alentejano, a par de aspetos como “a transição climática”, sublinhou o autarca, defendendo “opções de emprego e alternativas àquilo que está a surgir” na região.

“Dou o exemplo do encerramento da fábrica da EDP em Sines que não teve até hoje uma solução alternativa, com consequências do ponto de vista do emprego, postos de trabalho, poder de compra, e com impactos muito grandes nos territórios de Sines e Santiago do Cacém”, frisou.

Segundo o autarca, a CIMAL irá também debruçar-se sobre “outras matérias” como o “abastecimento e qualidade da água” no litoral alentejano, com o objetivo de “proteger este recurso”, tendo em conta as “alterações climáticas”.

O ensino superior na região do litoral alentejano “é outra das matérias” que a CIMAL considera ser “de grande pertinência”, uma vez que “é a única região do Alentejo sem” esta oferta, indicou.

Por isso, garantiu, os autarcas “não vão abandonar esse desígnio”, tendo em conta a existência do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, com “défice de enfermeiros” que poderiam “ser formados” na região.

“Há um conjunto de elementos para a nossa agenda que vamos defender com vista aos interesses do litoral alentejano e os autarcas têm um papel muito forte de reivindicação dos interesses da região”, concluiu.

A CIMAL, constituída em maio de 2009, é composta pelos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines.

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