A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém vai realizar, na segunda-feira, uma vigília contra o possível encerramento do Posto da GNR de Ermidas-Sado.

De acordo com o porta-voz dos utentes, Dinis Silva, a ação de luta surgiu depois de ser conhecida a intenção do Governo encerrar aquele posto ainda durante o mês de outubro.

“Infelizmente o Governo e o Ministério da Administração Interna [MAI] têm uma proposta de encerramento do posto da GNR de Ermidas-Sado que, a ocorrer, irá deixar a população mais vulnerável”, disse.

Em comunicado, a comissão de utentes, explicou que além da competência de patrulhamento de duas freguesias (Ermidas-sado e Abela), este posto da GNR “tem ainda uma localização estratégica com acesso ao Itinerário Complementar (IC) 1 e também à ferrovia [e] um papel muito importante para o acompanhamento destas vias estruturantes.

Segundo o responsável, o edifício, onde há vários anos está instalado o posto da GNR de Ermidas-Sado, “não é do Estado”, e apesar de o proprietário ter chegado “a um acordo com o Comando Distrital de Setúbal sobre a manutenção da GNR naquele edifício”, o mesmo não foi aceite pelo Governo.

“O MAI e o Governo querem encerrar por medidas economicistas, como já têm feito no passado noutros serviços, e que no interior do concelho de Santiago do Cacém exista apenas o posto da GNR de Alvalade que já tem poucos meios”, criticou.

Apesar de não ter “uma data específica”, o porta-voz da comissão de utentes diz saber que o encerramento do posto irá ocorrer ainda “durante este mês” de outubro.

Com o possível encerramento deste serviço, os militares do posto da GNR de Alvalade terão de garantir a segurança das populações das freguesias de Alvalade, Abela, Ermidas-Sado, São Domingos e Vale d’Água, “numa extensão de cerca de 600 quilómetros quadrados”.

Na vigília, marcada para segunda-feira, às 18:00, os utentes vão exigir também “mais efetivos e mais segurança” na freguesia de Ermidas-Sado.