A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) confirmou hoje o encerramento da Unidade de Convalescença, que integra e é gerida pela Rede de Cuidados Continuados Integrados, justificando a decisão com necessidade de aumentar a capacidade de resposta da ULSLA devido à pandemia de covid-19.

Em comunicado, a ULSLA, confirma "a imperiosa necessidade de encerramento da Unidade de Convalescença" face ao "agravamento da situação pandémica por SARS-COV 2 e consequente necessidade de aumentar a capacidade de resposta da ULSLA" no Hospital do Litoral Alentejano.

"Foi necessário criar novos serviços dedicados ao tratamento destes doentes, o que implicou a expansão desses serviços", explicou.

De acordo com fonte hospitalar, o encerramento oficial ocorreu no dia 18 deste mês, após o “desmantelamento” gradual, a partir de fevereiro, daquele serviço, devido ao aumento do número de casos de covid-19 na região do litoral alentejano.

A mesma fonte esclareceu que, durante o mês de fevereiro, começaram a ser retiradas camas da Unidade de Convalescença, à medida que os respetivos doentes recebiam alta hospitalar, passando a ser alocadas ao Serviço de Medicina Interna do HLA.

Segundo a ULSLA, no comunicado, “com a restruturação efetuada, e procurando proteger a resposta a doentes não ‘covid’ em fase aguda, tornou-se necessário reafetar as camas da Unidade de Convalescença ao Serviço de Medicina Interna”.

A decisão de fechar a Unidade de Convalescença, segundo a ULSLA, “foi determinante para não colocar em causa a prestação de cuidados à população” dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines (Setúbal) e Odemira (Beja), devido à pandemia.

“Tendo em conta a atual situação pandémica, que ainda ninguém consegue prever quando terminará, o Hospital do Litoral Alentejano terá de manter áreas dedicadas ao tratamento de doentes ‘covid’”, esclareceu o conselho de administração.

O encerramento da Unidade de Convalescença do HLA foi denunciado e criticado hoje pela coordenadora das comissões de utentes do litoral alentejano, que alertou que esta decisão implica “a transferência de doentes para outras unidades”.

A coordenadora das comissões de utentes do litoral alentejano frisou que, “perante o encerramento deste serviço por parte do conselho de administração da ULSLA, o Governo e o Ministério da Saúde devem obrigatoriamente travar este processo”.

Estas unidades de internamento destinam-se a utentes numa situação de dependência, com perda de autonomia, potencialmente recuperável, na sequência de um episódio agudo de doença, como acidentes vasculares cerebrais ou fraturas.

Os cuidados prestados nestas unidades têm como objetivo a reabilitação funcional do doente, sendo o período de internamento de 30 dias.

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