O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, vê com "enorme expetativa" a instalação de "um dos maiores centros de dados da Europa" na Zona Industrial e Logística de Sines, considerando tratar-se de "um projeto de enorme relevância para o futuro de Sines".

@CMSines

"É, naturalmente, com enorme expectativa que acolhemos hoje esta iniciativa da Startcampus para aquele que será um dos maiores investimentos nacionais das últimas décadas, a construção em Sines de um dos maiores centros de dados da Europa", afirmou o autarca.

Nuno Mascarenhas falava durante a cerimónia de apresentação do projeto do mega centro de dados global, que se vai instalar em Sines, considerado projeto PIN – Projeto de Interesse Nacional.

"Damos hoje mais um importante passo na concretização deste projeto", sublinhou o autarca, referindo-se à assinatura  do contrato de direito de superfície entre a Startcampus e a Aicep Global Parques, "para reserva dos
terrenos da zona industrial de Sines onde futuramente virá a ser instalado este novo Centro de Dados, um Hyperscaler inédito em Portugal".

De acordo com Nuno Mascarenhas, Sines, está "preparado para os desafios do futuro e para receber grandes
projetos como este. Seja na vertente urbana, dos equipamentos de ensino, culturais, desportivos ou de saúde".

O concelho "está preparado para este enorme desafio. E mesmo do ponto de vista humano, as pessoas habituaram-se a enfrentar grandes desafios e grandes mudanças", realçou.

No seu discurso, o autarca reconheceu que, no início das primeiras conversações sobre o desenvolvimento de uma nova área de negócios em Sines, "tínhamos uma forte expectativa", mas que nada fazia prever o impacto desses investimentos.

"Na sequência da instalação em Sines do primeiro cabo submarino de comunicações que liga diretamente o Brasil à Europa, tínhamos uma forte expectativa em relação à fixação no concelho de investimentos na área tecnológica, mas estávamos longe de imaginar que esses projetos começariam a procurar o território quase de imediato", revelou.

Além do cabo submarino da EllaLink, instalado em Sines, "temos também terrenos infraestruturados para receber outros cabos de transmissão de dados. Temos, igualmente, uma nova área de desenvolvimento empresarial que levou a Aicep Global Parques, a Câmara Municipal, e a Ellalink, a criarem o Sines Tech para a captação e fixação de novos investimentos tecnológicos".

No seu entender, o projeto que a start campus, empresa detida pelos norte-americados da davidson Kempner e pelos britanicos da Pioneer Point Partners, pretende implementar em Sines "está completamente alinhado com os pontos essenciais da agenda da Comissão Europeia e da Presidência Portuguesa do Conselho Europeu"

E alia dois importantes desígnios: "O contributo para a consolidação da transição energética, introduzindo como
condição fundamental para a sua concretização o consumo de energia produzida a partir de fontes renováveis ou
alternativas e internalizando processos de refrigeração sustentáveis e o contributo para a transição digital,
localizando em Portugal e em Sines um centro de dados de nível mundial, de última geração".

Para o autarca, este megacentro "dará resposta aos maiores operadores mundiais de dados e de plataformas digitais, posicionando-se na dianteira dos projetos mais inovadores e mais ambiciosos".

O denominado Sines 4.0, o projeto prevê um investimento de “até 3.500 milhões de euros” num ‘campus Hyperscaler Data Centre’, com capacidade até 450 Megawatts (MW), que “criará até 1.200 postos de trabalho diretos altamente qualificados e pode vir a gerar 8.000 novos empregos indiretos até 2025”, segundo a empresa promotora.

Com início de construção previsto para 2022, envolvendo 900 pessoas numa primeira fase e até 2.700 no total, o Sines 4.0 deverá inaugurar, no final de 2023, o primeiro dos cinco edifícios projetados.

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