Seminário debate em Santiago do Cacém incêndios urbanos em centros históricos
“Incêndios Urbanos em Centros Históricos” é o tema do seminário que vai decorrer, este sábado, a partir das 09:00, no auditório municipal António Chainho, em Santiago do Cacém.

Foto: Imagem criada através de IA
O seminário, promovido pelo Comando Sub- Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral em conjunto com os corpos de bombeiros deste território, vai abordar “as especificidades” dos centros históricos em caso de incêndio, desde o “estabelecimento de meios até à preservação do património cultural”.
“No ano de 2024 ocorreram 74 incêndios urbanos na nossa sub-região”, revelou hoje o comandante Tiago Bugio, acrescentando que foram igualmente registadas 196 ocorrências relacionadas com incêndios industriais e em equipamentos.
“Registámos também quatro óbitos na nossa sub-região em consequência desta tipologia de ocorrências”, precisou.
Perante estes números, o responsável defendeu que é preciso “olhar para a problemática dos incêndios urbanos com muito cuidado”.
“O objetivo deste seminário [passa por] alertar os nossos operacionais, recapitular alguns procedimentos de atuação, como também alertar a população para esta tipologia de ocorrências que não só causam mortos, como feridos com consequências graves destes acidentes”, sublinhou.
Além do combate a incêndios em centros urbanos antigos, o encontro vai ainda abordar o protocolo de segurança 'Mayday' e as noções de intervenção no património cultural.
“O património cultural que se degrada é difícil de reconstruir, mas também há especificidades como o tipo de construção no Alentejo, nomeadamente o chão em soalho, a viga madre que por vezes é comum a mais do que uma habitação, fazendo com o fogo se propague”, frisou.
Questionado sobre os riscos de um incêndio no centro histórico de Santiago do Cacém, Tiago Bugio, referiu a importância de se adaptar os meios à tipologia de ocorrências.
“O centro histórico de Santiago do Cacém tem ruas de difícil acesso, portanto é importante analisar sempre que há uma ocorrência desta tipologia, os meios que vamos mobilizar ou os meios de reforço que o Comando Sub-Regional [do Alentejo Litoral] vai destacar”, considerou.
E deu o exemplo do corpo de Bombeiros de Santo André que “tem um veículo ligeiro de combate a incêndios” vocacionado para as zonas urbanas “que consegue” dar resposta a ocorrências “no centro histórico”.
“Também os meios de abastecimento são importantes porque, por vezes, temos alguma dificuldade no abastecimento destas artérias dos centros históricos”, acrescentou.
O seminário vai contar com a participação de cinco formadores da Escola Nacional de Bombeiros.
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