O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, acompanhou hoje a cerimónia de reabertura do polo de Saúde de São Domingos, no concelho de Santiago do Cacém, após obras de requalificação no valor de 180 mil euros. 

De acordo com Catarina Filipe, presidente da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), com a reabertura deste polo, os utentes e os profissionais de saúde passam a ter "instalações dignas na prestação de cuidados, tecnologicamente preparados, confortáveis, dotados dos adequados instrumentos clínicos e não clínicos acessíveis a todos, adequados ao funcionamento da prestação de cuidados, mas acima de tudo pensados em conjunto com o território que melhor conhece e sabe das necessidades das populações".

Além do polo de São Domingos, a ULSLA espera ainda concluir, até ao final do ano, as obras de requalificação dos polos de Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, São Martinho das Amoreiras e Saboia (Odemira), Carvalhal e Lousal (Grândola), Santa Susana (Alcácer do Sal) e Porto Covo, no concelho de Sines.

"Sabemos que ainda não temos o número de recursos [humanos] suficientes, também sabemos que é difícil captar novos recursos, também sabemos que é difícil a sua fixação, não podemos esconder isso, e tem sido um problema partilhado com os diversos municípios, mas só podemos ajudar a corrigir este problema se nos unirmos na procura de soluções que ajudem a captar mais profissionais de saúde, quer para a área da saúde primária, como para a área hospitalar", defendeu.

Na sessão de inauguração do novo equipamento, o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, lembrou o "estado anterior do edifício" que sofreu "uma intervenção de fundo para poder responder às necessidades desta população".

"Tivemos sempre aqui profissionais dedicados que dinamizaram os efeitos negativos das instalações precárias, mas aqui havia efetivamente necessidade de intervenção", sublinhou o autarca que reconheceu publicamente "o esforço" do conselho de administração da ULSLA, liderado por Catarina Filipe, "no sentido de recuperar algum do passivo que não foi recuperado durante décadas" neste território.

Apesar deste esforço, o autarca defendeu que é preciso exigir mais e, no que respeita aos recursos humanos, lembrou que a região debate-se com "a falta de profissionais de saúde" e com a falta de capacidade em atrair estes profissionais para estes territórios de baixa densidade.

"Só o Governo é que tem politicas nacionais que podem mudar este paradigma, obviamente, com o apoio das autarquias, e a questão da habitação é um problema gravíssimo sendo cada vez mais difícil atrair pessoas para aqui com rendas a mil euros", frisou.

Na cerimónia, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, adiantou que o Governo está a investir cerca de 40 milhões de euros na melhoria dos vários equipamentos de saúde, nomeadamente extensões de saúde, centros de saúde e hospitais.

"Temos vários investimentos em curso para que possamos ter melhores condições para os profissionais poderem desenvolver a sua atividade", frisou o governante, acrescentando que, na componente dos recursos humanos, tem sido feito "um caminho muito significativo".

A ULSLA "terá neste momento 1.120 profissionais ao serviço, são mais 94 do que antes da pandemia [de covid-19], é preciso continuar, mas reforçando o investimento, aumentando, contratando mais profissionais, aumentando o financiamento da atividade, que no caso desta ULS, será de pouco mais de 70 milhões de euros, mais 20 milhões do que há quatro anos, portanto, temos de continuar a aprofundar este reforço", concluiu.

 

 

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