O arranque da construção do projeto de expansão do Complexo Industrial de Sines da Repsol, cujo investimento será de 657 milhões de euros, contempla a construção de duas novas fábricas de polietileno linear e de polipropileno, com capacidade de produção de 600.000 toneladas por ano, contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, que destacou a importância estratégica da Zona Industrial e Logística de Sines.

“Em junho de 2025, estas fábricas estarão a produzir e a exportar os polímeros”, declarou António Costa na sessão, integrada no primeiro de dois dias da iniciativa “Governo + Próximo”, dedicada ao distrito de Setúbal.

Para António Costa o porto de Sines é “um dos maiores da Europa e, seguramente, o que tem melhor localização para todo o tráfego no Atlântico Sul, na rota do Cabo e com convergências com as rotas do Mediterrâneo”.

“Este sistema logístico é complementado com a nova linha ferroviária, que entrará em pleno funcionamento no início do próximo ano e que permitirá, por exemplo à Repsol, exportar aquilo que produz por comboio para Tarragona e daí para toda a Europa. É uma infraestrutura da maior importância”, sustentou.

Ainda de acordo com o primeiro-ministro, Sines deverá ser “um dos maiores polos de produção de energia renovável”.

“E esse é um dos grandes fatores de atração de novas indústrias. E este investimento da Repsol é um dos melhores exemplos do que é a descarbonização da indústria. A indústria química é fortemente consumidora da energia, mas a Repsol vai desenvolver um projeto de hidrogénio e assegurar polímeros recicláveis e verdes”, acrescentou.

Salvador Ruiz, Diretor-geral da Repsol Polímeros, destacou a importância deste investimento e afirma que “a expansão do Complexo Industrial ilustra o compromisso da Repsol com Sines e em liderar a transição energética, promovendo a economia circular".

"O projeto faz parte da transformação industrial da companhia. Estamos a transformar os nossos complexos industriais em centros multienergéticos, de forma a revolucionar o setor industrial e criar emprego de qualidade", adiantou.

Com a expansão, o complexo industrial da Repsol passa a ocupar mais de 180 hectares de terreno.

Em linha com a sua estratégia de descarbonização e de transição energética, a Repsol tem em curso programas complementares, de eletrificação, instalação de parques de painéis fotovoltaicos, e novas interligações elétricas, e logísticas.

A expansão do Complexo, que corresponde ao maior investimento industrial realizado em Portugal nos últimos dez anos e é considerado de potencial interesse nacional (PIN), vai mobilizar, na sua fase de construção, uma média de 550 trabalhadores, superando os 1.000 trabalhadores em momentos de pico. Uma vez operacional, o aumento líquido de empregados será de, aproximadamente, 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos.

Os novos produtos também serão 100% recicláveis e podem ser utilizados para aplicações altamente especializadas, alinhadas com a transição energética nas indústrias farmacêutica, automóvel ou alimentar.

Este investimento, complementado com outros, em curso no complexo, vão contribuir para a descarbonização da economia portuguesa e para os objetivos de aumentar as exportações e diminuir as importações, visa, ainda, desenvolver e expandir a capacidade industrial da região, aumentar a competitividade do país e criar oportunidades de emprego de qualidade.

 

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