O Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral vai passar a funcionar, em definitivo, em Grândola, a partir de 01 de fevereiro, e vai ser liderado por Tiago Bugio, engenheiro de 39 anos, que se apresentou numa reunião de responsáveis do setor realizada esta segunda-feira, divulgou a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL).

No encontro, que decorreu em Grândola e em que participaram autarcas - incluindo o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Vítor Proença - dirigentes da Proteção Civil regional e dos cinco concelhos do Alentejo Litoral, foi anunciado que a nova estrutura irá ter instalações construídas de raiz num terreno disponibilizado pelo município grandolense.

Para firmar o acordo que levará à construção do novo edifício, o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, disse que vai reunir com o Comandante Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil na próxima semana.

Até que as futuras instalações fiquem prontas, a sala donde vão ser dirigidas as operações de emergência e socorro nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines vai funcionar em instalações provisórias.

Agora, que a estrutura de Proteção Civil vai coincidir com a área geográfica do Alentejo Litoral, o presidente da CIMAL disse encarar com “grande expetativa” a criação do novo Sub-Comando, que “vem de encontro à unidade territorial” que vai servir.

Até agora, os quatro concelhos do Litoral Alentejano pertencentes ao distrito de Setúbal (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines) integravam a estrutura de emergência e socorro que abrangia todo o distrito. Odemira transita da estrutura sediada em Beja.

Na sua intervenção, Vítor Proença fez questão de realçar a importância na nova estrutura de Proteção Civil sediada em Grândola, mas salvaguardou que tal como o Estado central “não pode desresponsabilizar-se de questões como a Saúde ou a Ação Social”, também não o pode fazer em relação ao socorro das populações.

“Municipalização, sim, mas em parte”, defendeu.

Quanto ao novo responsável pelo Sub-Comando de Emergência e Proteção Civil, Vítor Proença, depois de o ouvir apresentar a organização que pretende implantar na região, disse que Tiago Bugio é “alguém que tem metodologia”, facto que elogiou.

Na sua intervenção, Tiago Bugio referiu-se aos meios de socorro disponíveis no Alentejo Litoral, nomeadamente os dez corpos de bombeiros, mas lamentou que, em relação ao efetivo, “seja praticamente metade” do existente do Norte Alentejano, onde desempenhou funções até agora.

Por essa razão, disse que as corporações “precisam de incentivos” para atrair a população a integrar os corpos de bombeiros, nomeadamente com a realização de ações de sensibilização.

Outra oportunidade que se apresenta para a recém criada estrutura é a possibilidade de, em conjunto com os 10 corpos de bombeiros da região, se equipar com novos meios materiais.

O atual modelo de organização da Proteção Civil resulta de uma decisão governamental de 2019 e integra, além do Comando Nacional, cinco Comandos Regionais - Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – e os novos 23 Comandos Sub-Regionais, coincidentes com as Comunidades Intermunicipais existentes.

No caso do Alentejo, além do Alentejo Litoral, foram criados os sub-comandos do Alto Alentejo, Alentejo Central e Baixo Alentejo.

Nos cinco concelhos do Litoral Alentejano existem dez corpos de bombeiros: Alcácer do Sal, Torrão, Grândola, Santiago do Cacém, Alvalade, Cercal do Alentejo, Vila Nova de Santo André, Odemira, Vila Nova de Milfontes e Sines.

Ao todo, prestam socorro a uma população de cerca de 95.000 pessoas dispersas por uma área de 5.308 km2.

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