Projeto ‘Fast Heroes’ ajuda alunos de Vila Nova de Santo André a detetarem sinais de AVC (C/ÁUDIO)
Ajudar os mais novos a reconhecerem os sinais mais frequentes do Acidente Vascular Cerebral (AVC), em contexto escolar, é o objetivo da campanha mundial “Fast Heroes 112” que está a ser desenvolvida, no concelho de Santiago do Cacém, numa parceria entre a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) e a Escola Básica n.º [...]
Ajudar os mais novos a reconhecerem os sinais mais frequentes do Acidente Vascular Cerebral (AVC), em contexto escolar, é o objetivo da campanha mundial “Fast Heroes 112” que está a ser desenvolvida, no concelho de Santiago do Cacém, numa parceria entre a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) e a Escola Básica n.º 4 de Vila Nova de Santo André.
O projeto, focado nas crianças entre os cinco e os nove anos, está a ser desenvolvido na EB n.º 4 de Vila Nova de Santo André. Há várias semanas que, através de um programa educacional interativo, os alunos da turma do 3 B estão a trabalhar o tema dos “super-heróis” para melhorar o reconhecimento dos sinais mais frequentes do AVC.
"Uma vez que as crianças passam muito tempo com os avós, passar a informação que aprendem aqui para casa é muito importante. Sabemos que muitos dos AVC atrasam o tratamento porque as pessoas não conhecem os sinais", explicou a médica Ana Cláudia Vicente, da Unidade de AVC da ULSLA.
A falta de reconhecimento dos sintomas do AVC pode levar a que os doentes não cheguem a tempo ao hospital, por isso, a Unidade de AVC da ULSLA decidiu associar-se a esta campanha, alertando os mais novos para a necessidade de uma ação rápida no seio familiar, sobretudo com os avós.
"Isto é um projeto das escolas e estamos em conjunto a dar o pontapé de saída, mas a ideia é abranger todas as escolas e ATL da nossa área de influência da faixa etária dos cinco ao nove anos", adiantou.
Para desenvolver a campanha em contexto escolar a médica Ana Cláudia Vicente, da Unidade de AVC da ULSLA, em parceria com o professor Nuno Andrade, recorreram a diversas ferramentas, linguagem simples e eficaz para inspirar as crianças.
"É um bloco de cinco temas, com os três sinais do AVC, o responsável do AVC e, depois ligar para a emergência, dizer o que dizer, onde estão etc. São cinco módulos semanalmente e depois há trabalho de casa e de sala", frisou a responsável.
Para o docente, este é um projeto "fabuloso" porque permite que "as crianças possam levar esta mensagem para casa e ajudarem os avós".
"Como está construído é extremamente cativante para os alunos e também para os professores porque tem o cuidado de passar uma mensagem importante, séria, mas de uma forma lúdica", salientou.
A campanha tira proveito da relação única entre netos e avós para garantir que os super-heróis sejam salvos num momento de maior aflição do para isso é preciso aprender a reconhecer os sintomas do AVC. E na sala de aula todas as ferramentas foram utilizadas para passar a mensagem.
"Temos uns livros, vídeos, há também um curto desenho animado a explicar todos os sintomas, o que cativa as crianças. Temos também trabalhado muito a expressão musical, com a adaptação da canção original que é em inglês para português, e conseguimos transversalmente dar todas as disciplinas através deste projeto", acrescentou o professor.
A campanha, que quer envolver outras escolas do litoral alentejano, sublinha que é importante estar preparado para salvar os super-heróis de cada criança e saber identificar o vilão desta história.
Em Portugal, o Acidente Vascular Cerebral é a principal causa de morte.
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