Um total de 26 eleitores, utentes de lares e pessoas em isolamento do concelho de Santiago do Cacém, que pediram o voto antecipado para as eleições presidenciais, vão poder votar a partir de hoje sem sairem de casa.

Os votos começaram a ser recolhidos hoje, num processo a cargo da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que constituiu duas equipas para o efeito, embora o número reduzido de inscrições tenha feito com que apenas uma equipa fosse para o terreno, explicou Álvaro Beijinha à rádio M24 .

"Estão inscritas 26 pessoas, um número que ficou aquém daquilo que nós esperávamos, até porque tínhamos duas equipas no terreno preparadas e não foi necessário, bastou apenas uma equipa. Da informação que tenho, dessas 26 pessoas, 20 são idosos de lares e apenas seis, de pessoas que estão em isolamento", explicou.

Segundo o autarca, o número reduzido pode ser explicado pelas "dificuldades que os lares encontraram no processo de inscrição dos residentes na plataforma que está disponível para o voto antecipado".

A equipa, composta por funcionários municipais, "designada pelo presidente da câmara", tem " estado desde o início no processo eleitoral" com todos os cuidados e tendo em conta "as indicações das autoridades de saúde, nomeadamente, os equipamentos de proteção individual, higienização total e o álcool-gel".

"Além disso, os delegados de cada candidato também podem acompanhar esta equipa", acrescentou o autarca que estima que o processo esteja concluído esta terça-feira.

O trabalho de recolher o boletim destes eleitores vai ser feito, porta a porta, por equipas montadas pelas autarquias, devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas.

A inscrição para o voto antecipado, sobretudo dos doentes com covid-19, motivou várias reclamações à Comissão Nacional das Eleições, de eleitores que se queixavam de informações incompletas sobre os prazos.

Só podiam fazer o pedido para o voto antecipado em confinamento os eleitores a quem tivesse sido decretado confinamento pelas autoridades de saúde pública até quinta-feira, 14 de janeiro, dez dias antes das presidenciais.

É o que estipula a lei aprovada em outubro, no parlamento, que regula o direito de voto antecipado para os eleitores que estejam em confinamento obrigatório, devido à pandemia da doença covid-19, em atos eleitorais e referendários em 2021.

O que quer dizer que quem foi confinado a partir de sexta-feira, seja por estar doente seja por isolamento profilático (devido a um contacto com uma pessoa infetada), já não pode pedir para votar antecipadamente.

As eleições presidenciais estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral começou em 10 de janeiro e decorre até sexta-feira, com o país a viver sob medidas restritivas devido à pandemia. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

 

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