A Presidência nas Freguesias, que decorreu em São Domingos e Vale de Água, entre 26 e 28  de abril, foi preenchida por um conjunto de visitas que levou o executivo municipal, acompanhado pelos técnicos das respetivas áreas, a inteirarem-se da dinâmica vivida naquele território e das suas necessidades.

Em comunicado, o presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, fez um balanço “positivo” da visita sem deixar de manifestar a sua apreensão sobre os efeitos que a falta de água está a provocar na agricultura e pecuária.

“Contactámos com alguns agricultores, nomeadamente do Monte dos Alhos e do Monte da Murteira, que manifestaram a sua preocupação quanto ao futuro das culturas de regadio e da criação de gado. Este sentimento é geral e os dados apontam para menos três mil hectares de regadio que não serão plantados neste ano”, afirmou o autarca, citado no comunicado.

O cenário levou, em conjunto com a Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado, o município “a apresentar a situação dramática que se vive junto do Ministério da Agricultura”.

Álvaro Beijinha defendeu que “uma das soluções que poderia minimizar o problema, seria a ligação do canal de Morgavel à Barragem de Campilhas”, embora os produtores sintam dificuldades com o "preço da água da Barragem de Alqueva”.

No setor do turismo, a nota "é positiva", tendo a comitiva ficado a conhecer o Monte do Pocinho, o Monte do Pinheirinho e o Monte da Casa Nova.

Trata-se de “novos projetos que têm já uma grande dinâmica, com uma acentuada procura e que são prova do crescimento turístico do nosso concelho”, referiu o autarca.

Durante a visita aos Centros de Dia de São Domingos e Vale de Água, os responsáveis da Casa do Povo de São Domingos transmitiram aos autarcas “que estão a viver momentos muito complicados, devido ao subfinanciamento por parte da Segurança Social, que compromete as valências de Centro de Dia e de Apoio Domiciliário,” relevou.

No balanço desta visita o presidente da Câmara manifestou “a expectativa que a Assembleia da República tome a decisão justa de repor a Junta de Freguesia de Vale de Água", considerando ser "um ganho para aquela população, pela qual a Câmara Municipal irá exerce a sua pressão.”

Por seu lado, a presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias, Ana Maria Gonçalves, afirmou que “o contacto direto dos eleitos com a população tem sempre benefícios".

"Verifica-se que, cada vez mais, os munícipes ficam envolvidos pela iniciativa e querem saber que investimentos serão concretizados”, frisou.

Para a autarca, esta é também “a forma de conhecer em pormenor o trabalho desenvolvido e os problemas pelos quais passam as entidades e os empresários que visitamos”.

Destacou também que a proximidade permite que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia "planeiem quais os melhores projetos para o futuro.”

No decorrer da iniciativa, a comitiva deslocou-se às escolas básicas e jardins de infância de São Domingos e de Vale de Água, tendo também percorrido as ruas das duas localidades e contactado com a população.

Os autarcas foram, ainda, aos Foros da Casa Nova, aos Foros do Locário e à Barragem de Fonte Serne. Visitaram as obras de remodelação da Extensão de Saúde em São Domingos, e tiveram conhecimento da falta de visitantes por que passa o Museu da Farinha. Na delegação da União das Freguesias, em Vale de Água, os eleitos reuniram com o movimento associativo.

A Presidência nas Freguesias aposta na descentralização como forma de reforçar a proximidade dos órgãos autárquicos à população do concelho e, nesse sentido, realizaram-se na sede da União das Freguesias, em São Domingos, as reuniões de Câmara e de Assembleia Municipal.