Petição pública apela à CIMAL para não construir canil/gatil intermunicipal
Os promotores de uma petição pública, a apelar à não construção do canil/gatil intermunicipal do litoral alentejano, querem reunir assinaturas para enviar à Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) a defender a construção de infraestruturas de proximidade. O documento, lançado na última semana por “um grupo de cidadãos apartidário”, reclama a construção urgente dos Centros [...]
Os promotores de uma petição pública, a apelar à não construção do canil/gatil intermunicipal do litoral alentejano, querem reunir assinaturas para enviar à Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) a defender a construção de infraestruturas de proximidade.
O documento, lançado na última semana por “um grupo de cidadãos apartidário”, reclama a construção urgente dos Centros de Recolha Oficiais (CRO) Municipais de Sines e de Grândola e a requalificação e modernização dos CRO Municipais de Alcácer do Sal, Santiago do Cacém e Odemira.
O texto da petição online refere que, atualmente, os municípios do litoral alentejano, não têm respostas eficazes para responder à crescente população de animais errantes, faltando instalações e serviços com um funcionamento adequado e a ausência total de Centros de Recolha Oficiais, em Sines e Grândola.
“Estes municípios estão dependentes das associações locais no que respeita a todo o processo que é, por lei, da sua competência”, como a “recolha dos animais das vias públicas, legalização da situação dos animais (vacinação, desparasitação, documentação e colocação de chip), esterilização e encaminhamento dos animais para adoção” salienta o documento.
A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), tenciona construir um Centro de Recolha Oficial Intermunicipal (CROI), tendo a candidatura para a sua construção sido aprovada no início deste ano.
O projeto tem de estar concluído no prazo de um ano, “sem que estejam reunidas as condições devidas ao nível das respostas locais em cada um dos municípios, comprometendo, a prazo, a sua existência”, referem os promotores da petição.
Bruno Candeias, primeiro signatário do documento, defende que o montante investido por cada um dos municípios deveria ser aplicado em infraestruturas de proximidade.
“Se cada município tem previsto investir cerca de 200 mil euros para a construção do CROI essa verba deveria ser canalizada em primeiro lugar e como prioridade para infraestruturas de proximidade ou seja modernização dos canis convencionais que existem em Santiago do Cacém, Alcácer do Sal e Odemira e para a construção de CRO em Sines e em Grândola porque não existem”.
Considerando que “se está a construir a casa pelo telhado”, Bruno Candeias adianta que “construir uma infraestrutura em Santiago [do Cacém] que serve uma região vastíssima do ponto de vista da sua dimensão geográfica” vai pôr “em risco uma série de questões associadas à proximidade com as associações”.
“A recolha dos animais e o transporte para esta infraestrutura que fica muito longe dos concelhos de Alcácer do Sal e Odemira e todo o trabalho e acompanhamento poderá estar em risco, assim como as campanhas de esterilização e adoções que, sem proximidade, poderão estar comprometidos”, acrescentou.
Segundo os promotores da petição, a construção de um canil/gatil intermunicipal, cuja capacidade fica “muito aquém” do acolhimento necessário, “compromete” as construções “que são urgentes”, nos concelhos de Grândola e Sines, “onde não existe qualquer infraestrutura para abrigos de animais errantes”.
“Até ponderámos, em determinada altura, considerar que o intermunicipal seria uma infraestrutura razoável desde que fosse um complemento a infraestruturas de proximidade que já existissem, sem isso, não vai responder diretamente às necessidades para o bem-estar animal”.
A candidatura para a construção do centro de recolha intermunicipal, que ficará situado no Pinhal do Concelho, em Santiago do Cacém, foi apresentada pela Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), tendo sido aprovada no início deste ano.
Trata-se de um investimento de 1,5 milhões de euros, comparticipado por fundos comunitários, que vai servir os municípios de Sines, Santiago do Cacém, Odemira, Grândola e Alcácer do Sal, no litoral alentejano.
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