O novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sines, Eduardo Bandeira, e restantes Órgãos Sociais eleitos para o quadriénio 2020/2023, tomaram posse, este domingo, numa cerimónia antecedida por uma missa celebrada pelo Bispo de Beja, D. José João dos Santos Marcos, que decorreu na Igreja Matriz de Sines.

No ato de posse, o recém-eleito provedor da Misericórdia de Sines deixou clara a sua missão “focada num objetivo simples de servir a Santa Casa, estando ao serviço dos seus utentes”.

Eduardo Bandeira prometeu “tudo fazer para que as respostas sociais da Misericórdia de Sines cumpram os mais elevados padrões de qualidade dos serviços prestados, com escrupuloso respeito pela dignidade da vida humana, pela personalidade dos utentes e pela missão que a instituição prossegue”.

A Santa Casa da Misericórdia de Sines, nas suas diferentes respostas sociais, acolhe mais de 260 utentes e presta apoio diário a mais de 140 outros utentes. Dá, ainda, importantes contributos para a integração e coesão social, através de projetos temporários que lidera ou dos quais é entidade parceira.

Para servir os mais de 400 utentes diários, nas suas diferentes valências, a Santa Casa dispõe de um quadro de pessoal com 220 trabalhadores permanentes e gere um orçamento anual de cerca de 5 milhões de euros.

Na cerimónia de tomada de posse, Eduardo Bandeira afirmou que a Misericórdia de Sines está “ao serviço da sociedade e a cumprir funções que o Estado entende, e bem, dever garantir a todos os cidadãos”.

“Tem aqui o Governo e, em particular, os serviços da tutela setorial, uma participação crítica e incontornável: continuar a dotar a Santa Casa da Misericórdia de Sines dos meios financeiros adequados à prestação destes cuidados de instalação, acolhimento, integração e, principalmente, de bem-estar e com esperança a cada um desses utentes”, acrescentou.

Considerando que “o continuado subfinanciamento do Estado ao funcionamento da Santa Casa conduzirá, inevitavelmente, à degradação da resposta social que aqui é dada” o novo provedor admitiu a possibilidade do “encerramento de valências que se revelem insustentáveis”.

“Como, para esta Mesa Administrativa, a indignidade não é opção, seremos confrontados, se esses apoios se confirmarem aquém do necessário, com evidências que impõem decisões racionais de salvaguarda da sustentabilidade da instituição, embora nem sempre as mais adequadas às necessidades da sociedade”, concluiu.

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