Ministra da Ciência e Tecnologia defende que Portugal deve continuar na "liderança das mudanças" que ocorrem na Europa
A ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, disse, em Sines, que Portugal deve continuar o trabalho nas áreas da transição energética para encabeçar “a liderança das mudanças que estão a ocorrer na Europa”. “Portugal tem-se assumido como determinante na área das energias renováveis, das baterias e do hidrogénio verde através da [...]
A ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, disse, em Sines, que Portugal deve continuar o trabalho nas áreas da transição energética para encabeçar “a liderança das mudanças que estão a ocorrer na Europa”.
“Portugal tem-se assumido como determinante na área das energias renováveis, das baterias e do hidrogénio verde através da aposta que tem sido feita no desenvolvimento de novas tecnologias, assim como na sua eficiência”, afirmou.
Para a governante, que participou, quarta-feira, no encerramento da Tech@Week, iniciativa promovida pela Agência Nacional de Inovação, que decorreu no Business Center da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), Portugal tem de continuar o trabalho nesta área “para encaberçar a liderança das mudanças que estão já a ocorrer em toda a Europa”.
“Só com mais investigação teremos novas tecnologias, soluções sustentáveis e inovação disruptiva, essenciais para cumprir os compromissos que temos para com o ambiente e para com o planeta”, defendeu.
Para a ministra Elvira Fortunato, é necessário “intensificar o desenvolvimento de parcerias entre as instituições científicas e académicas, as empresas e a indústria”.
“Essas sinergias permitirão fomentar a internacionalização das nossas instituições e da nossa economia, através por exemplo da contratação de doutorados pelas empresas, assim como pelos vários organismos da administração pública”, considerou.
E deu o exemplo das Agendas Mobilizadoras, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em que era “obrigatório” a inclusão “de universidades e centros de investigação”, nos consórcios criados.
“As Agendas Mobilizadoras tinham um financiamento de 930 milhões que foi triplicado, para três mil milhões, exatamente, devido à qualidade dos projetos e das propostas apresentadas. E isso é extremamente importante para o sistema cientifico nacional porque, no caso das universidades, é a 100 % independentemente da região onde as instituições estão localizadas”, observou.
De acordo com a governante, nesse programa “estão envolvidos mais de 80 entidades do sistema cientifico nacional o que comprova o impacto e a importância da investigação cientifica e da inovação para o reforço das cadeias de valor da indústria, em áreas como o hidrogénio verde, as energias renováveis, baterias, tecnologias circulares, o lixo espacial, entre outras”.
No encontro, além de serem debatidos os temas da inovação emergente, foram apresentadas mais de 10 ideias inovadoras na energia e nos materiais, como a utilização de tecnologia tridimensional (3D) na construção de turbinas ou implantes metálicos e a transformação de resíduos do bacalhau e de couro em salmoura purificada.
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