A Câmara de Santiago do Cacém cedeu oito lotes de terreno à empresa espanhola Maredeus, depois de a fábrica de bacalhau congelado, em Ermidas-Sado, ter sido consumida pelas chamas num incêndio que deflagrou em julho do ano passado, e ter recorrido ao ‘lay-off’, revelou o autarca.

“A fábrica estava construída em três lotes” da Zona Industrial de Ermidas-Sado, mas antes do incêndio, os responsáveis compraram “um quarto lote nas instalações vizinhas, que não arderam”, e a câmara “já tinha cedido mais três lotes” com vista à expansão da unidade, explicou o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha.

Devido ao incêndio, a empresa “decidiu abandonar o projeto de ampliação, não reconstruir a fábrica no mesmo sítio”, mas sim “construir uma nova fábrica” num terreno cedido pelo município “a um preço simbólico”, explicou.

De acordo com o autarca, “já foi feita a escritura pública” de cedência do terreno “a um preço simbólico”, porque “estamos a falar do maior empregador privado do concelho que, na altura, empregava perto de 300 pessoas”.

“Trata-se de um grupo espanhol que continua a acreditar na freguesia, no concelho e, por isso, vão levar o projeto para a frente”, argumentou.

Segundo Álvaro Beijinha, a empresa “vai começar a laborar nas instalações” que não foram afetadas pelo incêndio “o mais breve possível” e, com a nova fábrica” há a espetativa de aumentar os postos de trabalho”.

“Agora vão construir efetivamente uma fábrica de pescado congelado de raiz que responde a todas as suas necessidades de funcionamento e, por isso, acreditamos que com este investimento a Maredeus ficará aqui por muitos anos criando riqueza para o concelho”, acrescentou.

Questionado pela rádio M24, o autarca confirmou que, entretanto, devido ao incêndio a empresa optou por avançar com um processo de ‘lay-off’ que abrange a maioria dos trabalhadores.

“A maioria está em ‘lay-off’, obviamente, que havia muitos trabalhadores em empresas de trabalho temporário, que acabaram por sair definitivamente, mas a empresa teve o cuidado de segurar aqueles que tinham formação e muitos deles até estrangeiros para se manterem em ‘lay-off’, mas para que no futuro voltem à empresa em condições normais”, afirmou.

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