Maiken Foods investe 80 milhões em aquacultura de salmão e bacalhau em Sines
A Maiken Foods assinou esta sexta-feira um contrato de reserva de 10 hectares na Zona Industrial e Logística de Sines, com vista à instalação de uma unidade de aquacultura para a produção de salmão e bacalhau, revelou a aicep Global Parques. De acordo com a aicep Global Parques, em comunicado, o projeto do grupo Maiken Foods AS, [...]
A Maiken Foods assinou esta sexta-feira um contrato de reserva de 10 hectares na Zona Industrial e Logística de Sines, com vista à instalação de uma unidade de aquacultura para a produção de salmão e bacalhau, revelou a aicep Global Parques.
De acordo com a aicep Global Parques, em comunicado, o projeto do grupo Maiken Foods AS, de origem norueguesa, prevê um viveiro para a produção de 6.000 toneladas por ano, num investimento, na primeira fase, de 40 milhões de euros para a produção de salmão.
"O investimento total de 80 milhões de euros inclui numa segunda fase, a produção de bacalhau", adiantou.
Os principais mercados de destino serão, para além de Portugal, outros países da União Europeia, com destaque para França e Espanha.
Durante a fase de construção serão gerados 50 postos de trabalho, prevendo-se a contratação de 200 trabalhadores a tempo inteiro quando o projeto atingir a velocidade de cruzeiro.
A Maiken Foods espera iniciar a construção no último trimestre de 2022.
“A nossa tecnologia permite uma integração de toda a produção de forma sustentável”, destacou o presidente executivo do grupo Maiken Foods, Arve Gravdal, citado no comunicado.
O fundador da empresa destacou ainda “as condições ideais para a instalação” do projeto em Sines, realçando não só o “acesso à água do mar”, como o “preço muito competitivo das energias renováveis”, considerando-os “fatores determinantes para o processo produtivo”.
Para o presidente executivo da aicep Global Parques, Filipe Costa, também citado no comunicado, “o bacalhau da Noruega vai passar a ser português” com o anúncio deste investimento.
“O prato nacional ter que ser confecionado com produto importado tem os dias contados”, frisou o responsável, realçando a aposta da ZILS “na captação de investimentos da aquacultura, do agronegócio e da agrologística, com vista à otimização das importações e à promoção do autoabastecimento e das exportações nacionais”.
"O processo tecnológico é composto por grandes tanques circulares, cada um com um módulo de filtragem integrado para uma recirculação intensiva. Esta tecnologia, detida pela Maiken, utiliza água do mar, reciclando-a no tanque antes de a devolver novamente ao oceano", refere a entidade gestora da ZILS.
A água utilizada "é refrigerada por meio de energia fotovoltaica gerada por painéis solares instalados na cobertura dos tanques e nos vários edifícios da unidade de produção", por via de "um processo inovador, de alta qualidade e sustentável".
"Os tanques instalados operam de forma independente (IPU - Individual Production Units), permitindo um controlo mais eficiente da produção e a sua expansão em equilíbrio com o aumento da procura. Esta tecnologia permite a criação de animais de forma sustentável, a temperatura controlada, livres de parasitas e químicos", lê-se no comunicado.
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