O diretor do serviço de imunohemoterapia da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), Carlos Aldeia, disse hoje que há défice de sangue no hospital que depende de outras unidades "para colmatar as faltas" e apelou à população da região para doar sangue.

"Nós somos deficitários em sangue. Neste momento, dependemos de unidades vindas de outro hospital, mais do que nós damos. Ainda não conseguimos atingir a nossa autosuficiência, daí fazer o apelo aos moradores da região porque no Alentejo, penso que somos a única zona que não é autosuficiente e depende de outros locais para colmatar as faltas", disse.

Em declarações à rádio M24, a propósito do Dia Mundial do Dador de Sangue, que se assinala esta terça-feira, o responsável adiantou que nesta época do ano as necessidades aumentam, principalmente, para o tipo de sangue mais frequente.

"O que precisamos mais, são os mais frequentes: o tipo A e O e depois temos o O negativo que, por ser compatível com todos os outros, recorremos quando há situações emergentes, como acidentes de viação e, esta semana, estamos numa situação critica com [o tipo de sangue] O negativo", alertou.

Por isso lembrou que é importante doar sangue, sobretudo, "antes do período de férias", considerada uma altura  "muito critica" para o serviço de imunohemoterapia que se debate também com a falta de sangue a nível nacional, situação agravada pela pandemia de covid-19.

"Pela primeira vez, este ano, tivemos de cancelar algumas cirurgias por falta de sangue, no início do ano, no pico de pandemia, com muitas pessoas de quarentena. Tivemos uma situação muito critica por esse motivo, mas foi ultrapassado porque as pessoas respondem bem aos nossos apelos", concluiu.