A primeira pedra da futura residência de estudantes do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), em Sines, foi lançada, esta segunda-feira, estando previsto o arranque da obra no mês de fevereiro e a sua conclusão em novembro deste ano.

(c) CMS

Trata-se de um investimento de 2,6 milhões de euros que vai permitir a construção de um edifício, na Zona Nascente da cidade de Sines, com 28 quartos, 19 duplos e nove individuais, lavandaria, copas e cozinhas.

O equipamento, que vai servir para alojar os estudantes do Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CteSP), contempla ainda espaços de estudo, laboratórios tecnológicos, espaços de convívio, atividade física, entre outros.

Durante a cerimónia, que decorreu no auditório do Sines Tecnopolo, Ângela Lemos, presidente do IPS, disse que o futuro equipamento “servirá como um centro vital para diversas atividades que beneficiarão não apenas os residentes como toda a região do litoral alentejano”.

“Sabemos que os territórios que apostam nas qualificações do na formação dos cidadãos, serão os territórios que têm futuro”, reforçou.

No entanto, apesar da presença do IPS nesta região “falta ainda concretizar um projeto fundamental” frisou a responsável, referindo-se à criação de uma Escola Superior em Sines que vai permitir “alargar a oferta formativa a cursos de licenciatura, mestrados, pós-graduações, formação ao longo da vida, [e] futuramente, doutoramentos”.

Para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, com a construção deste equipamento “passará a existir uma oferta residencial que pode igualmente acolher investigadores das mais diversas áreas”.

“Cujos projetos científicos e académicos podem vir a contribuir muito significativamente para a consolidação de áreas de atividade que se encontram em desenvolvimento e que são determinantes para uma nova vaga de industrialização do país, para a transição energética e digital”, realçou.

No entender do autarca, sendo Sines “um ponto fulcral para a economia nacional” há-que criar condições para “atração de melhor emprego mais qualificado e mais especializado”.

“Temos de implementar aquilo que é a hélice tripla de articulação entre a administração pública, as empresas e o ensino superior para o crescimento económico e o desenvolvimento do território”, defendeu.

E demonstrou o seu empenho não só na construção da futura residência, mas também “na apresentação de uma proposta para a criação da escola superior” em Sines, desafiando o Governo a incluir este projeto no Fundo de Transição Justa.

“Este trabalho, tanto quanto sei, está a ser desenvolvido pelo IPS do importa que possamos encontrar condições para o financiamento da construção da futura escola superior que ficará mesmo ao lado da Escola Secundária” Poeta Al Berto, afirmou.

“Quero por isso aproveitar a presença da ministra da Coesão [Territorial] para reiterar que, eventualmente, o Fundo de Transição Justa poderia ser uma excelente solução”, acrescentou.

Por seu lado, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, presente na cerimónia, realçou “o trabalho de equipa” que permitiu a criação de “mais oferta de camas para os alunos deslocados”.

“Dentro de aproximadamente nove meses, neste terreno, teremos uma residência que acolherá quase 50 estudantes, graças a um esforço conjunto entre Governo, Politécnico de Setúbal e a Câmara de Sines”, sublinhou.

De acordo com a governante, este investimento permitirá “criar e melhorar as condições de alojamento a preços acessíveis para os estudantes do suas famílias, como será uma oportunidade para reforçar a formação superior, através da instalação de uma Escola Superior do IPS neste concelho que permitirá fixar alunos oriundos de outras localizações nacionais e internacionais, procurando igualmente dar resposta aos estudantes que, atualmente, frequentam, em Sines, CteSP ministrados” pelo politécnico.

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