O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Luís Meira, disse hoje, em Santiago do Cacém, que a presença de enfermeiros nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) “é uma questão em aberto” apelando ao diálogo.

“Eu acho que é uma questão que está em aberto e que poderemos discutir, poderemos enquadrá-los devidamente naquilo que é a atividade dos CODU e publicamente reconheço que não há uma posição dogmática relativamente a essa matéria”, disse.

O responsável falava na sessão de encerramento da sessão comemorativa do 15.º aniversário das ambulâncias SIV do (INEM), que decorreu hoje no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém.

Considerando que “a presença de enfermeiros nos CODU” no passado “teve aspetos positivos” e “outros menos positivos”, o presidente do INEM reiterou que o processo “está em aberto” e não se opõe à sua inclusão.

“Não há qualquer oposição, desde que obviamente isso seja devidamente enquadrado e seja feito sem sobressaltos e garantindo que os centros continuam a funcionar para garantir que o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) funciona”, frisou.

Os CODU “funcionam como o garante da articulação de um conjunto muito diversificado de meios e de entidades e é uma área muito crítica para o funcionamento do SIEM e portanto muito sensível”, referiu.

Daí que, acrescentou, “todas as alterações que implementamos” a este nível “são muito refletidas, muito amadurecidas e, sobretudo, precisamos de ter muito cuidado que não alteramos qualquer coisa e que isso vai ser um fator disruptivo daquilo que é a atividade fundamental dos CODU”.

Durante a sessão, o responsável adiantou ainda que a conclusão da rede das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) é um dos objetivos deste organismo, apontando para a entrada em funcionamento de uma viatura em Sintra até ao final deste ano.

“Um dos primeiros objetivos é claramente terminar aquilo que é a rede de ambulâncias SIV. Neste momento temos 43 ambulâncias SIV, a maior parte delas estão integradas em serviços de Urgência Básica (SUB) como a lei determina, faltando, neste momento, quatro”, avançou.

“Neste momento diria que o grande objetivo é muito rapidamente abrir uma das SIV que todos reconhecemos ser necessária, [Sintra] que é um processo que já está em curso e que espero, brevemente, talvez ainda este ano ser concretizada”, sublinhou.

Há 15 anos iniciavam atividade as primeiras Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) e, segundo o INEM, hoje, "o país conta com um total de 43 ambulâncias desta tipologia, dispersas pelo território continental".

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