O novo presidente da Câmara Municipal de Odemira, o socialista Hélder Guerreiro, comprometeu-se com um mandato "de proximidade" e assumiu a sua "disponibilidade para ouvir todas e todos" para construir um programa de governação para os próximos quatro anos.

Hélder Guerreiro, com 50 anos, tomou posse esta segunda-feira, sucedendo a José Alberto Guerreiro (PS) que governou nos últimos 12 anos os destinos da Câmara Municipal de Odemira.

"A nossa primeira prioridade será a proximidade e disponibilidade para ouvir todas e todos. No entanto, os nossos primeiros dias serão dedicados a ouvir as equipas internas, no sentido de perceber as suas preocupações, as suas necessidades e as expectativas de cada uma das pessoas", afirmou.

No seu discurso, após a tomada de posse, que decorreu no Jardim Sousa Prado, em Odemira, o autarca, garantiu que vai "não só ouvir os protagonistas das diferentes forças partidárias eleitas", como "com eles discutir propostas diferentes das nossas que possam acrescentar valor ao futuro de Odemira" na construção do programa de governação.

A construção participada do Fórum do Território, considerada "uma terceira dimensão do trabalho mais urgente" do atual executivo, vai permitir "chegar a consenso sobre o uso sustentável do nosso mais relevante bem comum: a água".

"Estamos destinados a chegar a um consenso que implique a salvaguarda das nossas reservas futuras de água. Sem água não existe futuro e a nossa obrigação é garantir futuro, é isso que faremos de forma intransigente", frisou.

A requalificação e revitalização dos espaços urbanos é outra das prioridades "desenhadas" para os próximos quatro anos.

"Dar vida económica, social e cultural às nossas vilas e aldeias, tornando-as espaços de bem estar é uma das marcas que queremos que este mandato signifique. Mais do que olharmos para os dilemas entre os diferentes territórios dentro do nosso concelho, queremos fomentar a coesão territorial com equidade, puxando pelo valor diferenciado de cada lugar, olhando e intervindo de forma diferente sobre o que é diferente", defendeu.

Neste contexto, assumiu "o reforço de uma parceria bilateral" com as juntas de freguesia do concelho com vista à "melhoria da qualidade de vida de cada um dos odemirenses" e "uma preocupação" em relação à conservação das estradas e com a promoção da atratividade do concelho para os jovens.

"A nossa preocupação será na continuada melhoria das vias existentes, permitindo assim uma mobilidade interna com mais segurança e conforto", realçou.

Na dimensão da atratividade de Odemira para os jovens, o autarca, quer "investir em modelos e formas de promoção de habitação que permitam a sua autonomia, sem que com isso hipotequem o seu futuro" e "apostar em modelos de apoio em projetos de vida onde o receio do risco e a realidade de falhar se constituam apenas como processo de aprendizagem para uma nova tentativa".

A centralidade do património será outras das prioridades do atual executivo que pretende "revisitar construções passadas" e encarar "a programação cultural num modelo transversal" e construir "de forma participada" uma Estratégia Local de Valorização do Património Cultural.

Para a Câmara de Odemira tomaram posse Hélder Guerreiro (PS), Sara Marcelino (CDU), Ricardo Cardoso (PS), Raquel Domingos (PS), Luís Cardoso (CDU), Pedro Ramos (PS) e Isabel Raposo (PS).

Na Assembleia Municipal tomaram posse os 21 deputados eleitos diretamente (11 do PS, seis da CDU, dois da coligação PSD/CDS-PP, um do Bloco de Esquerda e um da Iniciativa Liberal) e os 13 presidentes das juntas de freguesia.

Ana Aleixo (PS) foi reeleita presidente da Assembleia Municipal de Odemira.

 

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