Um pequeno grupo dos cerca de 100 ativistas ligados ao coletivo Climáximo que protestam hoje junto da refinaria de Sines da Galp invadiu a unidade, levando à intervenção da GNR, que identificou pelo menos um manifestante.

Segundo a agência Lusa constatou no local, cerca das 13:30 os ativistas chegaram às instalações da refinaria de Sines, após uma marcha de cerca de três quilómetros desde o local onde se concentraram, a Rotunda da Barbuda.

À chegada, dividiram-se entre o acesso que permite a entrada dos camiões e a portaria, para entrada e saída dos trabalhadores, tendo um grupo de cerca de 10 ativistas acedido sem autorização às instalações.

Os mais de 15 militares da GNR colocados na zona da portaria, rapidamente, impediram a progressão dos manifestantes e acompanharam-nos de volta ao exterior.

Já um ativista que se sentou em frente ao portão do acesso dos camiões à refinaria, embora na altura não passasse qualquer viatura, foi algemado, retirado do local e identificado pela GNR.

Em declarações aos jornalistas, esse manifestante, Danilo Moreira, confirmou ter sido identificado pela Guarda e explicou que o outro grupo que tentou entrar na unidade industrial pela portaria pretendia entregar panfletos aos trabalhadores e alertá-los para as alterações climáticas e importância da transição energética justa.

Os ativistas da Climáximo, por volta das 14:30, encontravam-se sentados em frente à portaria da refinaria, perto da zona que serve para a saída dos camiões.

“Transportes públicos para todos”, “Transição Justa”, “A nossa casa está a arder”, “Mudar o sistema, não clima” são alguns dos cartazes que empunham os participantes na ação.

A ação de hoje da Climáximo, intitulada “Vamos Juntas!”, reivindica “o encerramento planeado e gradual da refinaria de Sines” da Galp “até 2025”.

A iniciativa integra a campanha global “Collapse Total”, a qual pretende, durante esta semana, “causar disrupção à Total Energies e empresas líderes na produção de combustíveis fósseis”.

O protesto foi apresentado pela Climáximo como uma “ação não violenta de desobediência civil e de bloqueio” à refinaria da Galp em Sines.

Os ativistas reclamam uma transição justa que “responsabilize a Galp e envolva trabalhadores e comunidades afetadas e um futuro muito próximo com democracia energética em Sines e no país”, segundo um comunicado do coletivo enviado à agência Lusa.

A Galp encerrou este ano a refinaria de Matosinhos, distrito do Porto, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.

Em junho, a petrolífera anunciou ao mercado que pretende transformar gradualmente a refinaria de Sines "num centro de energia verde", um projeto que será alavancado no acesso ao hidrogénio verde.

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