Um grupo cívico contestou a instalação da central fotovoltaica, na freguesia de São Domingos e Vale de Água, alegando o “abate” de 1,5 milhões “de árvores” e anunciou que vai avançar para a “via judicial”.

Em comunicado, o grupo ProtegerAlentejo1260ha argumentou que “a emissão da Declaração de Impacte Ambiental favorável” ao projeto fotovoltaico da Iberdrola e a Prosolia Energy terá como consequência o “abate de 1 milhão e meio de árvores para plantar 2 milhões de painéis solares”.

“O projeto em causa teve anteriormente e por duas vezes parecer negativo por parte da Comissão de Avaliação devido aos impactes negativos previstos. Os impactes apontados são identificados como negativos, muito significativos e irreversíveis”, realçou.

No entender do grupo, que vai avançar pela “via judicial” para “defender” a sua posição “totalmente contra a concretização” do projeto, “as medidas e compensações propostas pelo promotor não vão, de modo nenhum, ao encontro das exigências manifestadas pela população nas duas consultas públicas”.

A Iberdrola e a Prosolia Energy obtiveram,no passado dia 31 de janeiro, licença ambiental para construir, em São Domingos, o maior projeto fotovoltaico da Europa, com 1.200 megawatts (MW) de potência instalada.

A licença ambiental, emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), viabilizou a construção daquele que é considerado “o maior projeto fotovoltaico da Europa e o quinto maior do mundo”.

A empresa disse estimar que a futura infraestrutura, que terá uma capacidade instalada de 1.200 MW, entrará em funcionamento “em 2025” e que a construção vai gerar “até 2.500” postos de trabalho, “a maioria desempenhados por trabalhadores locais”.

O parque solar fotovoltaico, designado Fernando Pessoa, irá fornecer “energia limpa, barata e de produção local suficiente para responder às necessidades anuais de cerca de 430 mil residências, uma população equivalente a quase duas vezes a cidade do Porto”, indicou.