Grândola reabilita monumento megalítico do Lousal
O município de Grândola vai investir cerca de 30 mil euros na reabilitação e escavação do monumento megalítico do Lousal, integrado num projeto de arqueologia que envolve a população do concelho. De acordo com a autarquia, em comunicado, o monumento megalítico do Lousal, classificado como Imóvel de Interesse Público, deverá ser um complemento à oferta [...]
O município de Grândola vai investir cerca de 30 mil euros na reabilitação e escavação do monumento megalítico do Lousal, integrado num projeto de arqueologia que envolve a população do concelho.
De acordo com a autarquia, em comunicado, o monumento megalítico do Lousal, classificado como Imóvel de Interesse Público, deverá ser um complemento à oferta cultural, turística, científica e pedagógica da aldeia mineira do Lousal.
“O projeto de requalificação irá permitir a visitação livre e desimpedida ao local e facilitar a leitura e compreensão da monumentalidade do conjunto, possibilitando assim o seu usufruto social e pedagógico”, explicou.
O trabalho de escavação do monumento, a cargo de dois técnicos de arqueologia do município, realiza-se até ao final deste mês com a participação de 12 jovens do programa ocupacional “Bora lá Bulir”.
“Com estes trabalhos vamos tentar identificar alguns contextos que podem não ter sido escavados e dissipar algumas dúvidas relativamente à construção e à arquitetura do monumento”, explicou à agência Lusa o arqueólogo do município de Grândola Nuno Inácio.
Segundo o responsável, apesar de ter sido classificado como Imóvel de Interesse Público, “o monumento foi votado praticamente ao abandono” e estava “muito soterrado”, pelo que os trabalhos vão servir igualmente para proceder à “desobstrução de alguns elementos arquitetónicos”.
“Ou seja, [torná-lo] mais visível e, quem sabe, encontrar alguns contextos arqueológicos ainda preservados que permitam contar ainda um pouco da história que está por contar acerca desse monumento megalítico”, referiu.
Após a conclusão dos trabalhos de escavação segue-se o projeto de reabilitação do sítio museológico que engloba a construção de um novo passadiço de acesso ao monumento e a colocação de material informativo para “tentar devolvê-lo ao usufruto” da comunidade com vista à sua visitação.
“Com esta requalificação, pretendemos que o monumento fique desimpedido e livre para usufruto pedagógico e científico”, sendo um complemento da antiga aldeia mineira do Lousal que se transformou numa “aldeia museu, com um museu mineiro e um centro de Ciência Viva”, frisou.
Para envolver a comunidade neste projeto, o município vai desenvolver um conjunto de iniciativas, com destaque para a apresentação pública à população do Lousal, e endereçou um convite aos jovens do concelho para participarem nas escavações.
“Vamos ter um total de 12 jovens, divididos em dois grupos, nos trabalhos de escavação, que terão oportunidade de contribuir para este projeto de arqueologia comunitária e também para a sua formação arqueológica, geológica, histórica e biológica”, adiantou o arqueólogo.
O monumento foi escavado em 1952 por uma equipa dos antigos Serviços Geológicos e Mineiros, dirigida por Octávio da Veiga Ferreira, e está inserido em várias rotas pedestres, lê-se na nota do município.
“A importância do património arqueológico da região foi recentemente reconhecida com a incorporação de mais 13 monumentos megalíticos na classificação do Megalitismo Alentejano, totalizando atualmente 16 sítios classificados no concelho de Grândola”, concluiu.
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