O presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, recebeu a garantia por parte do secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, Hugo Polido Pires, que o processo de abertura da Lagoa de Santo André ao mar será repetido, durante o mês de maio, em data a definir.

De acordo com o município, em comunicado, a operação da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)/Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Alentejo "registou falhas", este ano, "que comprometem a saúde dos ecossistemas e a economia local".

A resposta do governante "surge após as preocupações manifestadas pela Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Santo André e comunidade local às entidades competentes, perante as operações falhadas de abertura da Lagoa, primeiro a sete e depois a 11 de março, que permitiram apenas a ligação ao mar por algumas horas", adiantou.

Em carta envida à tutela, a autarquia sublinhou que "esta ação é fundamental para a renovação da água da Lagoa, importante para o aumento da oxigenação, redução da eutrofização e estratificação, e para a entrada e saída de peixe, assim como do ecossistema lagunar".

"A falta de ligação ao mar, também, afeta a comunidade piscatória da reserva, a atividade económica da restauração, que se dedica em grande medida à confeção da enguia, prato ex-líbris na Freguesia de Santo André, e do turismo pois pode colocar em causa a qualidade da água para a prática balnear", argumentou.

Perante este cenário, a autarquia fez "um apelo à urgente intervenção do Ministério do Ambiente" para que junto da APA "fosse agendada nova abertura da Lagoa em momento favorável".

A abertura da Lagoa de Santo André ao mar, de acordo com o respetivo Regulamento do Plano de Ordenamento daquela Reserva Natural, deve ser feita uma vez por ano, preferencialmente em data anterior a 15 de março, concluiu.

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