O secretário de Estado do Ambiente, Hugo Polido Pires, disse hoje que o Governo tenciona avançar, no futuro, com um pacto regional sobre a água para o Alentejo, dando como exemplo o Pacto para o Algarve, e reforçou que já estão a ser feitos estudos para avaliar a construção de uma dessalinizadora na região de Sines.

"O Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo já foi aprovado em Conselho de Ministros para criar um pacto para a água da mesma forma que estamos a trabalhar no Algarve que conjuga todos os setores, desde a industria, ao consumo urbano, à agricultura e ao turismo, num compromisso nos consumos de água e nos volumes desses consumos de água. É evidente que percebemos que temos de trazer mais resiliência a este território ao nível do uso da água e para isso investiremos numa infraestrutura de águas para a reutilização para a industria, tornando essa água circular e não desperdiçando essa água", afirmou.

De acordo com o governante, que falava aos jornalistas à margem da inauguração do Observatório de Aves da Estação Elevatória de Santo André, também o Grupo Águas de Portugal, através da empresa Águas de Santo André (AdSA), "investirão numa dessalinizadora para abastecer sobretudo industria e dar mais resiliência ao consumo".

"Estão a ser feitos vários estudos técnicos do volume que é necessário captar, se essa dessalinizadora abastecerá só esta região ou poderá abastecer outra região para dar resposta às necessidades da industria, trazer segurança às populações e perceber se é ou não viável abastecer outra região", como a de Odemira, avançou.

Questionado sobre a polémica em torno do abate de sobreiros para a construção de um Parque Eólico, no concelho de Sines, o secretário de Estado do Ambiente recusou-se a responder sobre essa matéria.

Na cerimónia foi também assinado um protocolo tripartido entre a AdSA, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a associação ambientalista Quercus para a colaboração na inclusão deste novo espaço interpretativo da Estação Elevatória de Santo André nos percursos já existentes à volta da Lagoa de Santo André, tornando-o mais um ponto de valorização do território e do património natural, paisagístico e cultural.

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