"Forte dinamismo" da economia deve ter reflexos na qualidade de vida da população do litoral alentejano
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) realçou, esta quarta-feira, o “forte dinamismo” no crescimento económico da região, mas lamentou que esse fator ainda não tenha ainda reflexos na qualidade de vida da população. Na abertura da 8.ª reunião do Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal, realizada na Pousada D. Afonso II, em [...]
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) realçou, esta quarta-feira, o “forte dinamismo” no crescimento económico da região, mas lamentou que esse fator ainda não tenha ainda reflexos na qualidade de vida da população.
Na abertura da 8.ª reunião do Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal, realizada na Pousada D. Afonso II, em Alcácer do Sal, Vítor Proença salientou que, apesar dos indicadores extremamente positivos vindos
do polo económico de Sines ou do crescimento da agricultura em 2% na última década - quando na região Alentejo caiu 6% e no total do país 8% - a redução da população e o rendimento médio das famílias inferior à média nacional
continuam a ser fatores de preocupação.
Vítor Proença, que preside também ao município de Alcácer do Sal, falava numa cerimónia em que estava presente a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e onde foi apresentada a Estratégia Regional do Alentejo Litoral
2030, produzida pela empresa de consultoria Deloitte.
Como exemplo de referência, o autarca apontou que cada estabelecimento de Sines tem um volume de negócios quatro vezes superior à média nacional e o dobro da produtividade das restantes regiões do país, para além de o porto da cidade assegurar quase metade da quota do mercado nacional de mercadorias.
Em contraponto, citou, entre outros, o “problema gravíssimo” da falta de habitação nos cinco concelhos da CIMAL (Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines) e, ao nível de cuidados de saúde, o facto de o
número de médicos e enfermeiros ser menos de metade da média nacional.
Por seu lado, a ministra Ana Abrunhosa enalteceu a “dinâmica exemplar” do Litoral Alentejano e salientou a importância do polo industrial de Sines, que vai ter uma grande influência da região limítrofe, mas também em todo o Alentejo.
Mas, para que os fatores positivos que encontrou se desenvolvam e produzam resultados, ressalvou a importância da aposta na habitação, para atrair e fixar mão de obra qualificada, e atrair imigrantes, através de uma “política de
inclusão” eficaz.
“A estratégia é termos imigrantes”, sublinhou a governante, reconhecendo também a "urgência" do problema da habitação que é necessária no espaço de "seis meses" a "um ano".
Sobre esta matéria, a governante admitiu, “sem preconceitos”, que será necessário “ponderar o recurso a construções modulares e em madeira”.
No encontro, o responsável da Deloitte Rui Gidro apresentou a estratégia que a empresa elaborou para o Alentejo Litoral para os próximos oito anos e dois empresários fizeram súmulas dos seus investimentos na região: José
Cardoso Botelho falou dos projetos turísticos da Vanguard Properties em desenvolvimento na Herdade da Comporta e Fernando Infante da Câmara de Municipal deu a conhecer os investimentos agrícolas da Aquaparque no concelho de Alcácer do Sal.
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