Os Estados Unidos da América são o país convidado da edição deste ano do Festival Terras Sem Sombra que dedica a 15.ª edição à música e às viagens, estendendo a sua programação de janeiro a julho, anunciou hoje a organização.

É sob o tema ‘Sobre a Terra, sobre o Mar - Viagem e Viagens na Música’ que o Festival Terras Sem Sombra (FTSS) se apresenta ao público em 2019 com uma temporada de música, mas também de património e biodiversidade tendo o Alentejo por palco.

De acordo com a organização, em comunicado, são duas as efemérides que proporcionam o fio condutor para a aliança entre os mundos da musica e viagem.

"Em 2019 assinalam-se os 550 anos do nascimento de Vasco da Gama, que teve Sines por berço e, um pouco por todo o país, iniciam-se, as comemorações do V centenário da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães", revela. 

Com quase 50 actividades, entre concertos, conferências, visitas guiadas ao património e ações de salvaguarda da biodiversidade, além da sua geografia tradicional (o Baixo Alentejo e o Alentejo Litoral), o evento chega agora ao Alto Alentejo e Alentejo Central.

Por outro lado, reforça também a vocação ibérica, com atividades em dois concelhos da Extremadura espanhola, com profundas ligações a Portugal. 

“É assim, desde 2003, com uma persistência que se tornou felizmente normalidade, um Festival de música, mas também da terra alentejana, um Festival do património, mas também da diversidade, ou seja, de memória, conhecimento, divulgação, e de brio”, refere a entidade organizadora, no comunicado, citando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no texto de abertura do TSS em 2019.

A colaboração do festival "com instituições dos EUA, nomeadamente com a Embaixada dos EUA em Portugal, desde 2017, é o reflexo dos laços históricos do Alentejo com esse imenso país" dando como exemplos "o abade José Correia da Serra, natural de Serpa, que foi grande amigo de Thomas Jefferson".

O director artístico do Festival Terras Sem Sombra , Juan Ángel Vela del Campo, destaca “a vocação itinerante do projeto”, não só porque cada concerto tem lugar numa povoação diferente mas, acima de tudo, pelo caráter inovador da música como elemento de mediação.

“Viajar é viver, e no Terras a viagem cruza geografias, mas representa também uma viagem interior, que abre as portas de experiências únicas”, conclui.

A programação da 15.ª edição do Festival Terras Sem Sombra é apresentada esta quinta-feira, 10 de janeiro, na Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento, em Lisboa.