A Federação dos Bombeiros do distrito de Setúbal contestou hoje a exclusão dos bombeiros na atribuição do subsídio extraordinário de risco, considerando tratar-se de mais "uma machadada" aos bombeiros portugueses que também estão na linha da frente no combate à covid-19.

A medida de atribuição de um subsídio extraordinário de risco está prevista no Orçamento do Estado para 2021 e destina-se aos trabalhadores integrados no combate à pandemia de covid-19, sendo extensível aos trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica.

"Esta é uma situação muito desagradável pois os bombeiros portugueses além de continuarem a dar uma resposta exemplar à sua missão de proteção e socorro das populações, têm estado na linha da frente, em conjunto com outras entidades, no combate à covid-19", refere, em comunicado.

A estrutura, presidida por João Ludovico, diz que "não pode aceitar esta atitude de total falta de consideração e respeito que mais uma vez é demonstrada para com os bombeiros portugueses, principais agentes de proteção civil do país, responsáveis pela grande maioria da resposta ao socorro e ao transporte de doentes em Portugal".

No entender da federação, esta é "mais uma machadada dada aos Bombeiros Portugueses, juntando a falta de financiamento, de apoio ao investimento em novos equipamentos, dos benefícios sociais de apoio ao voluntariado, da revisão do protocolo com o INEM e do preço do quilómetro praticado, agravado pela queda de receita e aumento da despesa" que as associações estão a enfrentar desde o início da pandemia de covid-19.

A federação refere ainda que irá solicitar, com caráter de urgência, explicações à tutela, com o objetivo de "ajudar a que a situação seja revertida e que seja orçamentado o valor necessário a transferir para as associações, com vista a ser atribuído o subsídio de risco ao bombeiros portugueses.

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