Um grupo de empresários constituiu, em julho deste ano, a Associação Porto Covo Todo o Ano, cujo objetivo principal é combater a sazonalidade, promovendo esta freguesia do concelho de Sines e ajudando a crescer a sua oferta turística. 

 

Esta associação, que já conta com cerca de cem empresários, quer ajudar a criar um Porto Covo "agradável para viver, para visitar e para investir", disse à rádio M24 o seu presidente, António Luís Moura.

"Esta associação surge por se sentir que há ainda uma ideia de que Porto Covo é uma aldeia que funciona, fundamentalmente, no verão e que no resto do ano não se passa nada, quando vamos assistindo nos últimos anos e, até antes da pandemia de covid-19, a algumas mudanças", afirmou.

No entender destes empresários, ligados aos mais diversos ramos de atividade, Porto Covo "é muito diferente do que existia há 10 ou 20 anos e por isso já não corresponde à realidade imaginar que só funciona no verão".

"E daí que um conjunto de 10 empresários se reuniram para tentar contrariar esta ideia afirmando e divulgando que Porto Covo funciona o ano inteiro", adiantou.

De acordo com António Moura, volvidos três meses, a associação conta já com "quase 100 nomes" ligados a "uma parte muito significativa de empresários que estão a funcionar o ano inteiro", em Porto Covo, e que "defendem esta ideia".

"Porto Covo é uma porta de entrada para o Parque Natural [do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina] e para os trilhos pedestres e cicláveis, nomeadamente, da Rota Vicentina, que atraem centenas de caminhantes que vêm de todo o Mundo para fazerem esses percursos e agora, cada vez mais, também de bicicleta até ao Algarve", defendeu.

Além de motivar todos os empresários da freguesia a apostarem no conceito de "porta aberta" ao longo do ano e a assumirem uma "mudança de atitude", a associação Porto Covo Todo o Ano quer ser ouvida  "por outras instituições e colaborar com outras entidades no sentido de criar alguns eventos".

"Pretendemos que este movimento ajude a que cada um de nós consiga acrescentar mais valor, consiga receber melhor, passar melhor informação, nos alojamentos, na restauração e no comércio e, até, conseguir atrair outras atividades que ainda podem fazer falta em Porto Covo", frisou o empresário.

"Gostaríamos muito de pensar a longo prazo o que vai ser Porto Covo dentro de cinco a dez anos, porque isso é que é importante. Depende imenso de nós, mas também de alguns diálogos que vamos ter com outras entidades, e que elas saibam que em Porto Covo temos forma de pensar, forma de dialogar e que queremos ajudar a criar um Porto Covo que seja muito agradável para viver, para visitar e para investir", concluiu.

 

 

 

 

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.