Delegação do PCP dedica dois dias a zonas afetadas pelo incêndio de Odemira
Uma delegação do PCP visitou, segunda e terça-feira, as zonas afetadas pelo incêndio de Odemira que deflagrou no dia 05 de agosto e consumiu cerca de 8.400 hectares de floresta e terrenos agrícolas, num perímetro de 50 quilómetros. A delegação, composta pelo deputado do PCP na Assembleia da República João Dias, eleitos locais da CDU [...]
Uma delegação do PCP visitou, segunda e terça-feira, as zonas afetadas pelo incêndio de Odemira que deflagrou no dia 05 de agosto e consumiu cerca de 8.400 hectares de floresta e terrenos agrícolas, num perímetro de 50 quilómetros.
A delegação, composta pelo deputado do PCP na Assembleia da República João Dias, eleitos locais da CDU e dirigentes do PCP das Direcções de Organização do Litoral Alentejano e Algarve, começou por reunir com os Bombeiros Voluntários de Odemira.
Neste encontro, os eleitos inteiraram-se do teatro de operações e da necessidade de melhores condições de trabalho e carreira para os bombeiros, tendo constatado as dificuldades na manutenção dos equipamentos e na formação dos operacionais, na valorização das carreiras.
O PCP defendeu que é urgente rever o financiamento das corporações de bombeiros, garantindo uma comparticipação adequada do Estado, que cubra os custos reais das intervenções e assegure a sustentabilidade das associações humanitárias.
O eleitos comunistas reuniram também com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), abordando os projetos de reflorestação da área ardida e a possibilidade da criação de uma Área Integrada de Gestão da Paisagem (AIGP).
Nesta matéria, o PCP considerou que é necessário apostar numa gestão florestal preventiva, que promova a diversidade das espécies, a valorização dos recursos endógenos e a proteção da biodiversidade.
E defendeu que é preciso reforçar os meios humanos e materiais do ICNF, dotando-o das condições necessárias para cumprir as suas funções.
No mesmo dia reuniu, em São Miguel, com pequenos produtores afetados pelo incêndio, onde se abordou a falta de apoios no terreno por parte do Governo, apesar das promessas.
O PCP constatou que muitos agricultores ainda não receberam qualquer indemnização pelos prejuízos causados pelo fogo, que afetou culturas como o medronho, o mel e o gado do criticou o Governo por incapacidade de responder de forma rápida e eficaz aos problemas dos pequenos produtores.
No segundo dia de visitas, a delegação deslocou-se a Monchique para reunir com os Bombeiros locais afim de perceber as dificuldades no combate ao incêndio sentidas pela corporação algarvia.
A jornada dedicada ao incêndio de Odemira, terminou com uma reunião com o presidente da Junta de Freguesia de Odeceixe e o responsável da Proteção Civil de Aljezur que serviu para perceber a dimensão e gravidade do incêndio no concelho de Aljezur, que chegou a colocar em perigo habitações e algumas explorações agrícolas.
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