O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, António Ceia da Silva, lembrou hoje que o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) "vai ter excelentes condições de financiamento nas áreas da habitação social, acolhimento empresarial, saúde e equipamentos sociais".

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Em declarações aos jornalistas, durante uma visita aos investimentos em curso no concelho de Sines, Ceia da Silva, disse ser importante que os autarcas estejam atentos a este novo instrumento de financiamento, que prevê um conjunto de reformas e investimentos para alavancar o crescimento económico, e realçou que devem estar preparados para exigirem junto do Governo "a inclusão do Alentejo" neste plano.

"É preciso falar com os autarcas sobre aquilo que é o próximo Quadro Comunitário e sobre o PRR que vai ter excelentes condições de financiamento nas áreas da habitação social, acolhimento empresarial, saúde e equipamentos sociais. Isto são tudo áreas que não vai estar incluídas no próximo PT 2030", disse.

Para António Ceia da Silva é importante "alertar os autarcas para estarem preparados e também, junto do Governo, sermos exigentes no sentido que o PRR inclua esta região do Alentejo, nomeadamente, com a obra Sines-Caia" e outros projetos importantes para a região.

De acordo com Ceia da Silva que definiu, no início do seu mandato, a taxa de execução do Alentejo 2020 como "principal preocupação", a pandemia de covid-19 trouxe dificuldades acrescidas às autarquias.

"Tenho visitado muito o território, houve empreitadas que ficaram vazias, outras cujos preços duplicaram. Houve de facto uma alteração profunda da situação face à questão da pandemia e isso foi outra dificuldade para as autarquias em termos de execução de muitas obras".

Ainda assim, disse, a região do Alentejo vai conseguir "cumprir rigorosamente" a taxa de execução do atual Quadro Comunitário "não perdendo um euro".

"Começamos com 33%, há três meses  já vamos com 45% e portanto vamos cumprir rigorosamente, no final deste ano, a taxa de 60% para conseguirmos para o ano ter 90 % e acabar o quadro comunitário não perdendo um euro", acrescentou.

Durante a visita ao concelho de Sines, o presidente da CCDR Alentejo, acompanhou a evolução de diversas operações, nomeadamente, dos investimentos públicos financiados pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, a que, por inerência, também preside.
A visita, acompanhada pelo presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, e pela vereadora Filipa Faria, começou em Porto Covo, na obra do Centro de Dia local, o mais importante equipamento social a nascer no concelho de Sines nos últimos anos.
Na cidade de Sines, a visita passou por mais sete operações cofinanciadas pelo programa Alentejo 2020, nomeadamente a recuperação e musealização das Fábricas Romanas (concluída), a reabilitação do Espaço Público do Bairro 1.º de Maio (em conclusão), a Expansão Nascente da ZIL II (a decorrer), a remodelação e modernização da Escola Básica n.º 2 (a decorrer), a requalificação da Rua Marquês de Pombal (a decorrer), a qualificação e valorização do Canto Mosqueiro e suporte à visitação na Costa do Norte (iniciada em fevereiro) e o Observatório do Mar (iniciada este mês).
O presidente da CCDR Alentejo visitou ainda a empreitada de execução de infraestruturas do Loteamento Municipal Sul-Nascente (Estrada do Encalhe), cujo objetivo é requalificar uma das entradas sul da cidade e preparar a criação neste local de uma nova zona habitacional de excelência.
As obras dos três hotéis de quatro estrelas atualmente em construção em Sines - um em Porto Covo e dois em Sines -, que no conjunto representam mais 460 camas para a capacidade hoteleira do concelho, também fizeram parte do roteiro.
"O caso de Sines é exemplar porque está tudo em execução e de facto há uma dinâmica muito forte e há uma taxa de execução muito considerável, aliás Sines tem das melhores taxas de execução da região", considerou António Ceia da Silva.
Para o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, tratou-se de uma visita importante "que permitiu mostrar que estamos a trabalhar" apesar de "termos algumas obras que não têm a totalidade dos fundos aprovados, mas esperamos que possamos vir ainda a usufruir destas verbas" e "mostrar que esta dinâmica não é apenas do concelho de Sines, mas da região e, acima de tudo, do Alentejo".
"A muito curto prazo vamos ter novidades de investimentos que estão a ser projetados a nível nacional, mas vamos continuar a fazer o nosso trabalho que é um complemento dos grandes investimentos que vão surgir mais dia menos dia", realçou.

 

 

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