A Câmara Municipal de Grândola aprovou o Orçamento para 2022 no valor de 34 milhões de euros, mais três milhões em relação ao deste ano, com o foco na habitação e nas áreas sociais.

O orçamento, considerado “um dos mais elevados dos últimos anos”, e as grandes opções do plano para 2022 foram aprovados pela maioria comunista com os votos contra dos vereadores do Partido Socialista.

Em comunicado, o município, presidido por António Figueira Mendes (CDU), adianta que o orçamento, “que será reforçado nos primeiros meses do ano com a introdução do saldo de gerência”, vai dar resposta “às necessidades de habitação” e reforçar “as áreas sociais”, assim como “os programas para a juventude”.

O executivo pretende “manter a dinâmica na área da cultura e do património, continuar a melhorar os equipamentos educativos, desportivos, o espaço público, arruamentos, estradas, caminhos e infraestruturas básicas”, acrescenta.

Além da atração de investimentos “que criem postos de trabalho com direitos” e “apostar na mobilidade e na inclusão”, o executivo, quer continuar a “defender o ambiente”, manter a “aposta na proteção animal” e “apoiar o movimento associativo”.

Entre as ações mais relevantes, segundo a autarquia, está a ‘Estratégia Integrada de Desenvolvimento Sustentável – Grândola 2030’, um instrumento que irá debruçar-se sobre o “caminho a trilhar na próxima década”, uma vez que este “é um dos concelhos mais procurados para investir, viver e visitar”.

“É fundamental avaliarmos as ameaças e as oportunidades que se colocam ao desenvolvimento sustentável do território, bem como definirmos uma visão e um plano de ação para o horizonte 2030”, lê-se no documento.

No entender da autarquia, o concelho de Grândola “tem registado um forte desenvolvimento em várias áreas e setores, com particular ênfase para o setor do turismo, aproximando-se, por isso, do nível máximo de Intensidade Turística (IT) definido pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROTA) para esta sub-região”.

Por isso, entende ser necessário, no próximo ano, “reavaliar os Planos de Ordenamento do Território”, nomeadamente o Plano Diretor Municipal, “para repensar e redefinir a estratégia de desenvolvimento turística” do concelho de Grândola.

O orçamento para 2022 prevê também a “concretização dos investimentos municipais”, considerados “essenciais para captar novos e diversificados projetos” que são “geradores de riqueza dos postos de trabalho”.

Deste conjunto de investimentos, o município aponta para a expansão da Zona Industrial Ligeira de Grândola e para o processo da instalação do Parque Logístico de Grândola, junto ao Itinerário Complementar (IC) 1 do à linha ferroviária.

No capítulo da Coesão Económica e Qualidade de Vida, a cultura, o desporto, a educação, a juventude e o desenvolvimento social “continuarão a ser áreas prioritárias”.

“Para além das respostas sociais, importa também encontrar respostas para a construção de habitações a custos controlados, construção de loteamentos municipais para autoconstrução e disponibilização de habitações com rendas acessíveis”, refere.

Na Regeneração Urbana e Reforço dos Serviços Públicos, o executivo quer dar continuidade às “obras estruturantes que transitam do ano anterior” e iniciar “um conjunto alargado de novos projetos”.

Entre eles, o Parque Urbano Municipal, o edifício da Universidade Sénior, a estrada de acesso à praia de Melides, a Rua Nova em Melides, o espaço lúdico e de lazer de Canal Caveira, os Bairros da Aldeia Mineira do Lousal, a Avenida António Inácio da Cruz e o Largo Zeca Afonso, a Rua D. Nuno Alvares Pereira e o Centro Municipal de Proteção Civil, enumerou.

A proposta do orçamento para 2022 vai ser submetida à apreciação e votação da Assembleia Municipal de Grândola no próximo dia 17 de dezembro.

Comente esta notícia

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização.