A Câmara de Alcácer do Sal revogou o processo da empreitada de recuperação das muralhas do Castelo da cidade, monumento nacional, alegando vir a ser prejudicada com a antecipação dos prazos do Portugal 2020.

A decisão foi conhecida esta quinta-feira, na reunião do executivo municipal, de maioria comunista, transitando a execução das obras para a Direção Regional da Cultura do Alentejo (DRCAlen).

O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, disse recear que o município venha a ter “despesas” de “centenas de milhares de euros” devido à antecipação dos prazos de conclusão do Portugal (PT) 2020.

“Neste caso concreto, a obra não era financiada a 100% e havia um risco de, chegando a um determinado limite, o município passar a suportar tudo o resto que não é financiado e, de uma forma franca, colocamos o assunto ao Estado enquanto responsável máximo do monumento”, frisou.

Além de considerar que “o projeto desenvolvido pelos técnicos do Ministério da Cultura estava sub-avaliado”, o autarca justificou a revogação com a demora “nos processos concursais” devido às dificuldades “em contratar mão de obra” e “à elevação do preço dos materiais” no setor da construção-civil.

Segundo Vítor Proença, a solução para avançar com projeto de requalificação, no valor de um milhão de euros, poderá passar “por um financiamento a partir do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

A intervenção previa a reabilitação “de todo o plano das muralhas”, com uma incidência maior “na zona norte” que confina com um conjunto de habitações e que “tem troços com pedra a cair”.

O Castelo de Alcácer do Sal alberga no seu interior diversos edifícios de interesse, como a Pousada D. Afonso II, a Cripta Arqueológica, a Igreja de Santa Maria do Castelo e a estação arqueológica do Fórum Romano e da área residencial.

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