O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou recentemente o Governo sobre as consequências socioeconómicas e para a saúde pública resultantes das “tentativas falhadas” para ligar a Lagoa de Santo André ao mar.

Imagem de Arquivo

Considerando o “importante valor ecológico, desde as zonas húmidas e áreas envolventes ao cordão dunar que as separa do oceano”, e o “ecossistema aquático e ribeirinho diverso”, que “fomenta uma comunidade piscatória de enguias”, os deputados recordam que estas condições só se podem verificar devido à intervenção humana.

“Estas condições só se podem verificar devido à intervenção humana com operação regenerativa da abertura e desassoreamento da Lagoa ao mar – realizada anualmente, [que] permite a renovação das águas, limpeza, entrada e saída de espécies piscícolas e manutenção do ecossistema lagunar”, realçam.

No entanto, sublinham, “nos últimos anos, têm decorrido problemas na abertura do cordão dunar para permitir o contacto entre o aquífero e o oceano”.
“Só este ano conta já três tentativas falhadas”, sendo que a última realizou-se no passado dia 19 de junho, acrescenta o BE.

De acordo com os deputados, “a não concretização deste processo traz consequências socioeconómicas - como a extinção da enguia - com graves repercussões para o património natural e cultural, assim como problemas de saúde pública, como as pragas de mosquitos e maus cheiros devido à acumulação de matéria orgânica no sistema lagunar”.

Por estas razões, o BE questionou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, se o Governo tem consciência dos impactos e consequências destas sucessivas falhas de abertura da Lagoa de Santo André ao mar, que medidas e intervenções estão previstas a curto e médio prazo para a Lagoa do qual a estratégia para garantir o futuro deste sistema lagunar.

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