BE diz que obras na EN 121 "não podem ser feitas às custas das populações"
A concelhia de Santiago do Cacém do Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje que as obras que levaram ao corte da EN121, entre Santiago do Cacém e São Bartolomeu da Serra, "não podem ser feitas à custa das populações" e exigiu da Infraestruturas de Portugal (IP) e do Governo a reformulação do projeto. "As obras [...]
A concelhia de Santiago do Cacém do Bloco de Esquerda (BE) considerou hoje que as obras que levaram ao corte da EN121, entre Santiago do Cacém e São Bartolomeu da Serra, "não podem ser feitas à custa das populações" e exigiu da Infraestruturas de Portugal (IP) e do Governo a reformulação do projeto.
"As obras não podem ser feitas à custa das populações, como se está a verificar com o corte da EN121. Os interesses das populações não estão a ser suficientemente acautelados", defendeu o BE.
Num comunicado enviado à rádio M24, os bloquistas entendem que não só "o traçado alternativo São Bartolomeu-Mulinheta é inseguro, perigoso, não permite a circulação de pesados e não suporta o normal fluxo de trânsito", como a EN 121 estará "cortada durante 9 meses, se o prazo não derrapar, como é hábito".
"O desvio dos pesados por Abela e São Domingos transtorna a vida das populações, que se mostram descontentes e inquietas. Está inclusivamente posto em causa o pronto socorro às populações. A rotina diária das crianças e
jovens da Abela, São Bartolomeu e Ermidas e inclusivamente alguns de Alvalade é perturbada, com um aumento do circuito casa-escola em mais de uma hora", apontou.
No entender do BE, esta situação deveria ter sido evitada e as entidades responsáveis poderiam ter encontrado "uma solução como se está a fazer com a passagem desnivelada de Abela".
"No planeamento da obra a IP não acautelou os interesses das populações. E a Câmara não teve conhecimento do projeto? Não tem responsabilidades em que a obra se tenha iniciado desta forma, para só agora protestar? Porque é que o projeto nunca foi apresentado publicamente, em particular às populações mais afetadas?", questionou.
Mostrando-se "solidário [para] com as populações e com as suas justas preocupações", o BE exigiu que "a Infraestruturas de Portugal e o Governo, reformulem o projeto, de forma a que o traçado adotado não cruze a EN121" e que a estrada seja "imediatamente reaberta".
Exigiu ainda que a IP e a autarquia realizem uma sessão pública de esclarecimento e auscultação à população e que, como têm vindo a propor, o caminho que liga São Bartolomeu à Mulinheta e o acesso à zona das Chaminés sejam beneficiados.
As obras para a supressão da passagem de nível nesta estrada, entre Santiago do Cacém e São Bartolomeu da Serra, e a construção de uma passagem superior fazem parte da empreitada de modernização da linha ferroviária Ermidas-Sado - Sines.
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