O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas (PS), garantiu estar empenhado em concretizar a “visão” estratégica que delineou para o concelho, mostrando-se convicto de que estão criadas as condições para que Sines seja um "exemplo vencedor do ciclo de transformações" previstas para o município.

“Ao longo de oito anos trabalhámos intensamente para que essa visão se tornasse cada vez mais uma realidade. É possível hoje verificar que a estratégica que definimos no primeiro mandato não era uma estratégia de curto prazo. Sines não é uma terra de curto prazo. Sines é um símbolo de futuro”, disse.

O autarca, que falava no decorrer da cerimónia da tomada de posse, este sábado, no Centro de Artes de Sines, considerou que os “desafios” que o município tem pela frente são “muito exigentes” e que o atual executivo está preparado “para os enfrentar”.

“Aliás, é minha convicção de que criamos as melhores condições para que Sines seja um exemplo vencedor do ciclo de transformações para os quais a médio-prazo estamos convocados”, frisou.

No seu discurso, perante os deputados eleitos para a assembleia municipal, o autarca detalhou três dos mais importantes desafios que o concelho vai enfrentar: transição energética e digital, qualificação do território e coesão social, participação, cidadania e proximidade.

No seu entender, a “principal resposta ao vazio” do encerramento da central termoelétrica de Sines passa por “mais investimento” que crie “postos de trabalho mais qualificados” e “aproveite a experiência dos nossos quadros”.

“Mas também novos investimentos nas unidades existentes, conduzindo a nossa indústria para a fase 4.0, uma industria mais eficiente, com maior sustentabilidade e maior responsabilidade social e ambiental”, destacou.

Para que Sines se possa manter na “dianteira da transição digital”, o autarca defendeu que é importante garantir que o foco está também “nas pessoas”, enquanto “motor desta transformação”.

“Por isso, é tão importante que possamos fixar no nosso concelho uma instituição de ensino superior que trabalhe na qualificação dos jovens, na valorização dos que estão na vida ativa e que promova junto das empresas mais e melhor investigação do desenvolvimento tecnológico”, realçou.

Na área da qualificação do território e coesão social, o autarca, salientou que no novo mandato “a prioridade” passa por concluir “o conjunto de intervenções” em curso e planear “um novo ciclo de desenvolvimento urbano tendo em vista a absorção dos fundos do Portugal 2030 e do PRR, mas também para incrementar a inclusão e a coesão social”, reforçou.

“Neste contexto é determinante o investimento em habitação, de modo a possibilitar a fixação de mais jovens, de mais famílias precisamente no concelho onde encontram emprego”, referiu.

Para o autarca, “a resposta aos desafios económicos do território só será eficaz com mais investimento na qualificação da habitação social existente, investimento em novas habitações sociais, promoção de habitação a custos controlados, aumentando o investimento em habitação mais acessível”.

A candidatura do Partido Socialista liderado por Nuno Mascarenhas venceu em Sines com 50,24% dos votos, tendo conquistado quatro mandatos.

Já o movimento independente MaisSines, cujo candidato era António Braz, ficou com dois mandatos (26,1%) e a CDU, cujo candidato foi Jaime Cáceres, conquistou um mandato (14,3%).

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