O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, manifestou-se satisfeito com o “reforço da verba” para o projeto de reabilitação das muralhas do Castelo da cidade, considerando que os valores iniciais “eram insuficientes”.

“É a confirmação de um valor pelo qual o município sempre lutou, porque originalmente a verba era insuficiente, dado que o projeto de reabilitação contava com toda a muralha, numa dimensão enormíssima”, disse o autarca.

Na quinta-feira, o Ministério da Cultura revelou que a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o Património Cultural prevê mais 40 milhões de euros de investimento e intervenções em 29 monumentos, sítios arqueológicos e museus.

Segundo o Ministério da Cultura, os 40 milhões de euros que resultam da reprogramação juntam-se aos 150 milhões inicialmente previstos para a reabilitação do património cultural e as novas 29 intervenções acrescem às 49 já programadas.

De acordo com Vítor Proença, o projeto de reabilitação das muralhas, que apresentam problemas estruturais, tinha “um valor [inicial] orçamentado de 1 milhão de euros”, quando “na prática podia chegar a 1,8 milhões de euros”.

“A Câmara de Alcácer do Sal insistiu com o Governo que esta situação deveria ser revertida e ser o PRR a financiar integralmente a obra das muralhas” do Castelo, classificado como Monumento Nacional.

Para o autarca, o anuncio do reforço da verba para 1,6 milhões de euros “é importante”, embora esteja “ainda sujeita a uma confirmação por parte da comissão que acompanha o PRR”.

“Em todo o caso estamos otimistas relativamente a esta intervenção que poderá ter uma parceria entre o Estado e o município de Alcácer do Sal”, reiterou.

A intervenção vai incidir “na parte norte” das muralhas, que confinam “com um conjunto de casas em dois bairros” da cidade, que apresenta “riscos” por “estar deteriorada”, explicou o autarca.

“O plano de muralha voltado para o rio Sado apresenta-se em muito melhores condições, também tem de ter a sua intervenção, mas chamámos a atenção do Ministério da Cultura que a prioridade tem que ser para o lado norte, onde há pedras a cair em cima de casas e pode colocar em risco a habitação e a segurança das pessoas”, indicou.

Segundo Vítor Proença, o município “vai continuar empenhado para que a verba seja aprovada e para que, após a revisão do projeto de engenharia”, todos tenham a convicção de que se está “a falar de valores e de uma intervenção exequível”.

O Castelo de Alcácer do Sal alberga no seu interior diversos edifícios de interesse, como a Pousada D. Afonso II, a Cripta Arqueológica, a Igreja de Santa Maria do Castelo e a estação arqueológica do Fórum Romano e da área residencial.

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