Autarca pede reunião ao Governo devido à falta de militares da GNR em Santiago do Cacém
O presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém voltou a solicitar uma reunião ao Governo, com caráter de urgência, devido à falta de militares nos postos da Guarda Nacional Republicana (GNR). De acordo com Álvaro Beijinha, a situação agravou-se no último ano com a redução de efetivos. “Há pouco mais de um ano vivemos [...]
O presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém voltou a solicitar uma reunião ao Governo, com caráter de urgência, devido à falta de militares nos postos da Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com Álvaro Beijinha, a situação agravou-se no último ano com a redução de efetivos.
“Há pouco mais de um ano vivemos uma situação bastante preocupante com a decisão dos postos da GNR de Alvalade e Ermidas-Sado passarem a funcionar em regime de atendimento ao público, medida que acabou por ser revertida pelo governo mas o que é certo é que entretanto saíram alguns guardas e o efetivo reduziu”, explicou Álvaro Beijinha.
Nos últimos meses, adiantou o autarca, nos postos de Alvalade e Ermidas-Sado, no interior do concelho de Santiago do Cacém, “o efetivo diminuiu” e “criou vários constrangimentos”.
“São os guardas do posto de Santiago do Cacém que têm de fazer patrulha e responder às ocorrências nas freguesias” de Alvalade e Ermidas-Sado, que distam a 24 e 42 quilómetros, respetivamente, da sede do concelho.
Desde 2014 que a autarquia luta pela manutenção destes dois postos da GNR e contesta a falta de militares para garantirem o patrulhamento no concelho
Considerando que a redução de efetivos no destacamento territorial de Santiago do Cacém “é inaceitável e põe em causa a segurança das populações” o autarca diz que a situação “viola a garantia dada” pelo Governo em 2019 “numa reunião com a então secretária de Estado da Administração Interna”.
“Na altura foi-nos transmitido que, este ano, aquando da colocação de novos efetivos, porque iria ocorrer um concurso público para o recrutamento de novos guardas, iria ser tido em conta a situação de Santiago do Cacém com um reforço de militares para resolver este problema”, acrescentou.
No entanto, refere, “o concurso decorreu, foram colocadas as pessoas mas em contacto com o comandante do destacamento de Santiago do Cacém, devido às mobilidades internas entre os guardas para várias zonas do país, não houve reforço mas uma diminuição entre cinco a seis guardas no geral”.
“Há um reforço em Santiago do Cacém mas há uma diminuição muito significativa no [posto] do Cercal do Alentejo de sete guardas e também em Ermidas-Sado, o único guarda está de baixa. Em Alvalade um dos quatro efetivos vai para a formação de Cabos, em Santo André mantém-se o mesmo número de militares”, refutou.
Na reunião, solicitada com caráter de urgência, ao secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, o autarca vai exigir "que haja, no imediato, um reforço de efetivos nos postos da GNR" do concelho de Santiago do Cacém.
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