O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, diz que a maior prova mundial de motas clássicas, que está a decorrer até ao próximo domingo, é “uma indiscutível mais-valia para a economia local e para a projeção internacional do concelho”.

“Vamos receber centenas de pilotos, acompanhados das equipas técnicas e, muitos deles, das respetivas famílias, que vão ficar instaladas nos nossos hotéis, frequentar os restaurantes, comprar no comércio local, visitar as praias e desfrutar das paisagens”, além “de todos os adeptos que seguem a modalidade e que costumam acompanhar estas provas”, afirmou.

Em declarações à rádio M24 o autarca destacou “as condições naturais” deste território para a prática “desta modalidade”, mas também “a confiança” que a Federação Portuguesa de Motociclismo deposita “na capacidade organizativa do MotorSport” de Vila Nova de Santo André.

Fatores que têm contribuído para que “o enduro e os desportos motorizados” sejam “uma âncora daquilo que é a projeção do município em termos nacionais e internacionais”, considerou.

A prova, que se realiza pela primeira vez em Portugal, resulta de uma parceria entre a Federação Internacional de Motociclismo (FIM), a Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), Clube MotorSport de Vila Nova de Santo André, Câmara de Santiago do Cacém e Junta de Freguesia de Santo André.

O evento vai reunir, durante cinco dias, motas vintage, originais dos anos 60 aos 90, conduzidas por pilotos veteranos, estrelas nacionais e internacionais do motociclismo, explicou, em comunicado, a organização.

"Vamos ver vedetas, campeões do mundo e [em Santiago do Cacém] temos, pelo menos, três antigos campeões do mundo e vários campeões nacionais. Quem goste de enduro e quem tenha vivido o enduro nos anos 70/80 está como “peixe na água”", afirmou à agência Lusa, o presidente da Comissão de Enduro da Federação de Motociclismo de Portugal, Pedro Mariano.

De acordo com os promotores, a competição ““FIM Enduro Vintage Trophy” é uma derivação da “FIM International Six Days Enduro”, a corrida de motas mais antiga do mundo”.

"É a maior prova mundial deste tipo de veículos e será disputada tanto por seleções, como por equipas”, disse Luís Silva, vice-presidente do MotorSport, acrescentando que, ao longo do evento, estão previstas “especiais cronometradas, com percursos limitados por estacas e fitas, e uma especial de motocross, num circuito fechado, onde vamos saber quem é o vencedor".

A prova irá realizar-se "em todo o município de Santiago do Cacém" e, ao contrário de outros eventos do género, "não será igual" porque "estamos a falar de motas um pouco diferentes e mais sensíveis", adiantou.
Por isso, a organização optou por "terrenos um pouco mais duros", perto da cidade de Santiago do Cacém, fugindo "das terras arenosas de Vila Nova de Santo André", observou o responsável.

"Apenas a primeira especial, a de aceleração em alcatrão, se realiza em Vila Nova de Santo André, onde se irá definir a ordem de saída [dos pilotos] para a competição nos dias seguintes", indicou.

O evento arrancou, na quarta-feira, no centro de Santiago do Cacém, com as habituais verificações técnicas e administrativas e um desfile de apresentação de pilotos e das “máquinas que fizeram a história no motociclismo e das bandeiras dos países participantes”.

Esta quinta-feira, entre as 15:00 e as 19:00, realiza-se a prova especial de aceleração, na cidade de Vila Nova de Santo André, seguindo-se dois dias, sexta-feira e sábado, inteiramente dedicados à competição "de enduro puro", com percursos de 70 quilómetros.

A competição termina, domingo,"com uma especial de motocross”, junto ao “paddock", situado no Parque de Feiras e Exposições de Santiago do Cacém, onde vai ser possível assistir ao desfile dos pilotos de todas as classes que vão estar presentes" neste encontro.

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