O presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, disse hoje que o investimento de 657 milhões de euros da Repsol Polímeros no Complexo Industrial de Sines vai contribuir para atrair riqueza e emprego para a região.

“É um projeto muito interessante para o município, para a região e, sobretudo, para o país”, sublinhou o autarca, realçando que, apesar de se tratar de “uma petroquímica”, o projeto prevê a construção de duas fábricas, “uma de polipropileno e também de polietileno”, permitindo que “este complexo se possa adaptar à transição energética e de circularidade”, sublinhou.

“Para isso [a empresa] tem de fazer os investimentos adequados, não só ao nível da capacidade de expansão do complexo [petroquímico de Sines], mas também ao nível do posicionamento do país em termos de transição energética e ambiental”, acrescentou.

Para o autarca, “os investimentos que visem melhorar e aperfeiçoar todos os sistemas são importantes”, não só ao nível técnico, como também “na criação de riqueza e de emprego” na região.

“Esta é uma intenção que tem estado a ser trabalhada ao longo de muitos meses, é um projeto considerado de Potencial Interesse Nacional (PIN)” e, apesar de estar hoje em discussão na reunião de Conselho de Ministros, “existem outras fases, não só de acompanhamento, como de licenciamento que se seguirão”, evidenciou.

Por isso, garante que o município de Sines “está empenhado para que este seja mais um projeto de sucesso, que crie riqueza e emprego, sendo essa a nossa grande aposta”.

Em causa está um projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) para ampliação do Complexo Industrial de Sines da petrolífera Repsol, com a construção – prevista para arrancar este ano e terminar em 2025 - de duas novas fábricas de materiais poliméricos de alto valor acrescentado, 100% recicláveis, para as indústrias automóvel, farmacêutica ou alimentar, entre outras.

O investimento terá um impacto de "mais de mil milhões de euros por ano na balança comercial", segundo a aicep Global Parques, gestora da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).

Segundo a aicep, em comunicado, além dos 657 milhões de euros [de investimento] nas duas novas fábricas de polímeros, o projeto de expansão da Repsol inclui ainda “22 milhões de euros em tancagem e pipelines para produtos, 18 milhões em interligações elétricas e mais de 30 milhões de euros em equipamentos de geração de eletricidade de fonte renovável para autoabastecimento”, num valor total superior a 725 milhões de euros.

De acordo com a gestora da ZILS, o novo projeto da Repsol Polímeros vai permitir “acrescentar mais 51 hectares ao seu Complexo Petroquímico”, instalado em Sines, e “mais 57 hectares de recuperação ambiental com a instalação de painéis fotovoltaicos, num areeiro agora desativado, para um total de 250 hectares da Repsol Polímeros na ZILS”.

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