Autarca de Santiago do Cacém lamenta falta de apoio aos agricultores afetados pela seca
O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, lamentou hoje a falta de apoio do Governo aos agricultores “que sofrem com a seca” e defendeu urgência na ligação das barragens da região ao Alqueva. “A seca afeta em particular o setor agrícola e, de facto, o panorama [na região] é bastante preocupante porque [...]
O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, lamentou hoje a falta de apoio do Governo aos agricultores “que sofrem com a seca” e defendeu urgência na ligação das barragens da região ao Alqueva.
“A seca afeta em particular o setor agrícola e, de facto, o panorama [na região] é bastante preocupante porque cerca de 2.200 hectares de culturas de regadio, como o arroz, o milho e o tomate, não vão poder ser cultivados”, avançou.
Para o autarca, que esteve reunido com a Associação de Regantes e Beneficiários de Campilhas e Alto Sado (ARBCAS), no passado dia 25 de fevereiro, esta situação “tem reflexos negativos” para “a economia local”, sendo “lamentável que da parte do Ministério da Agricultura e do Governo não tenham havido quaisquer apoios” aos agricultores locais.
“A própria ARBCAS vive com dificuldades, porque a sua função é gerir e vender água, quando esta escasseia acaba por afetar a sua organização e atingir os seus trabalhadores”, acrescentou.
De acordo com Álvaro Beijinha, o atual cenário de seca vai ter também “um impacto social” na região, uma vez que “muitos agricultores não vão conseguir cultivar” e “outros vão cultivar menos do que é normal”.
“Defendemos há algum tempo atrás a ligação de Alqueva, através da captação do Sado e do Canal de Morgavel, à barragem de Fonte Serne, cuja obra já está concluída” que, na quinta-feira, começou a receber água proveniente de Alqueva para fornecimento aos perímetros de rega de Campilhas e Alto Sado.
No seu entender, “a mesma solução” deve ser adotada para a barragem de Campilhas, cujo projeto “já foi proposto no âmbito dos investimentos do novo Quadro Comunitário 20/30”.
Também a “ligação à barragem do Monte da Rocha é algo que está previsto há bastante tempo, embora os sucessivos atrasos não tenham permitido realizar a ligação a Alqueva”, realçou.
Para o autarca, se este investimento “já estivesse feito, o problema não seria tão complicado para a nossa região”.
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