Ativistas da Climáximo querem bloquear refinaria da Galp em Sines numa ação de desobediência civil
Um grupo de ativistas da Climáximo promove, esta quinta-feira, uma ação não violenta de desobediência civil e de bloqueio à refinaria da Galp em Sines para exigir o seu “encerramento planeado e gradual” até 2025. A ação intitulada “Vamos Juntas!”, que faz parte da campanha global Collapse Total “que promete causar disrupção à Total Energies [...]
Um grupo de ativistas da Climáximo promove, esta quinta-feira, uma ação não violenta de desobediência civil e de bloqueio à refinaria da Galp em Sines para exigir o seu “encerramento planeado e gradual” até 2025.
A ação intitulada “Vamos Juntas!”, que faz parte da campanha global Collapse Total “que promete causar disrupção à Total Energies e empresas líderes na produção de combustíveis fósseis durante esta semana”, reivindica “o encerramento planeado e gradual da refinaria de Sines” da Galp “até 2025”.
O protesto, que leva a Sines ativistas de todo o país, exige uma transição justa que “responsabilize a Galp e envolva trabalhadores e comunidades afetadas, e um futuro muito próximo com democracia energética em Sines e no país”, segundo um comunicado.
A porta-voz da Climáximo, Mariana Gomes disse à rádio M24 que o grupo pretende alertar para uma “transição energética” que no seu entender “não está a acontecer”, dando o exemplo do despedimento coletivo dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos.
Além de reivindicar “uma transição justa” para os trabalhadores da refinaria de Sines, que dizem estar “no topo da lista das principais infraestruturas emissoras” de gases com efeito de estufa de Portugal, de acordo com o mapa do Acordo de Glasgow, os ativistas pelo clima defendem que a Galp deve “pagar a sua requalificação”.
Para este grupo de ativistas pelo clima “100% da energia consumida em Sines” deve ser “renovável e produzida localmente, por uma entidade municipal gerida democraticamente, até 2025”.
Neste sentido, a Climáximo propõe a criação de “um serviço público e descentralizado no setor energético” que implique “uma reconversão para 100% renovável até 2030”.
Durante o bloqueio, marcado para quinta-feira, às 13:30, o coletivo vai reivindicar a elaboração de “um plano de transição justa baseado num diálogo social que privilegie os trabalhadores e as comunidades afetadas”.
Reclama ainda “a garantia imediata de emprego público ou reforma, sem perda de rendimentos, para todos os trabalhadores diretos ou indiretos da refinaria da Galp em Sines”, lê-se no comunicado.
Na ação, os ativistas vão exigir que a Galp e os seus acionistas “financiem todo o programa de transição, garantindo formação profissional para todos os trabalhadores antes do encerramento da refinaria”, assim como o pagamento de “100% dos rendimentos” dos trabalhadores.
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