Ativistas acorrentam-se na portaria do Terminal da REN para bloquear funcionamento
Um grupo de dez ativistas da Plataforma Parar o Gás acorrentou-se hoje no portão da entrada principal do Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da REN, no Porto de Sines, para bloquear o funcionamento desta infraestrutura. “Estamos a tentar bloquear a entrada de gás natural liquefeito em Portugal e uma das formas que encontrámos foi [...]
Um grupo de dez ativistas da Plataforma Parar o Gás acorrentou-se hoje no portão da entrada principal do Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da REN, no Porto de Sines, para bloquear o funcionamento desta infraestrutura.
“Estamos a tentar bloquear a entrada de gás natural liquefeito em Portugal e uma das formas que encontrámos foi bloquear fisicamente como demonstração da nossa vontade em reduzir a utilização de um recurso fóssil não renovável”, disse à agência Lusa Ana Maria Valinho.
Por volta das 13:28, a jovem, oriunda de Lisboa, em conjunto com outros nove ativistas, acorrentou-se numa das entradas do Terminal de GNL da REN, colocando à volta do pescoço “um cadeado de bicicleta”, explicou.
A ela juntou-se outro grupo de jovens que colocaram “pequenos tubos” nos braços com a frase “Parar o Gás” para bloquear o acesso à porta principal do terminal, sob o olhar atento das forças da autoridade.
O momento foi aplaudido pelos restantes manifestantes da plataforma que, há várias semanas, promete bloquear o terminal numa ação de desobediência e resistência civil.
“Vamos ficar aqui por tempo indeterminado até obtermos um resultado que nos agrade”, disse a jovem à Lusa, exigindo “maior visibilidade” e “oportunidade de negociação” com as entidades responsáveis.
A poucos metros, numa outra entrada do Terminal de GNL, também ela guardada pelas forças de segurança, um grupo de ativistas, que se concentrou junto à praia de São Torpes e percorreu essa via até à instalação portuária, protesta entoando vários cânticos como “Bloqueia Sines”.
Vestidos com fatos brancos, "uma espécie de uniforme de luta", explicaram aos jornalistas, os ativistas empunham cartazes a exigir justiça climática e o fim dos combustíveis fósseis, enquanto entoam o cântico "Gás é morte, morte é Gás".
O protesto, que iniciou a sua marcha desde o centro da cidade de Sines, tendo percorrido cerca de três quilómetros, é seguido por dezenas de militares da GNR.
A ação reivindica o fim do gás fóssil para a produção de eletricidade e que esta eletricidade passe a ser produzida por fontes de energia renovável até 2025.
Segundo Matilde Ventura, porta-voz da ação e um dos elementos da Climáximo, com esta iniciativa os ativistas estão “a parar o crime da continua utilização de gás fóssil no sistema elétrico” que “foi deliberadamente viciado em gás por empresas como a Galp, EDP e REN com o apoio explicito de sucessivos governos”.
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