O orçamento da Câmara de Grândola para 2022, no valor de 34 milhões de euros, foi chumbado na Assembleia Municipal, o que irá causar "atrasos e constrangimentos" na gestão, disse hoje o executivo camarário.

Em comunicado, o município de Grândola, disse que “esta situação implicará atrasos e constrangimentos na gestão da autarquia” e “no desenvolvimento do concelho” no próximo ano.

O chumbo do orçamento põe “em causa a implementação imediata de um conjunto alargado de medidas, ações e projetos que iriam contribuir para o desenvolvimento do concelho e para a melhoria da qualidade de vida da população”, sublinhou.

O orçamento, que foi discutido na reunião da Assembleia Municipal de Grândola, na passada sexta-feira dia, foi chumbado com os votos contra das bancadas do PS (11) e da coligação PSD/CDS-PP (2) tendo a CDU (12) votado a favor.

Em comunicado, a bancada do PS na Assembleia Municipal de Grândola, justificou o chumbo com um orçamento “que não é amigo das famílias, das empresas e das instituições” e que “reflete exatamente o contrário”.

Trata-se de “34 milhões de euros sem preocupação social, sem um exercício de equilíbrio territorial e entre as freguesias, de falta de visão e, sobretudo, de ausência de uma estratégia que assegure um desenvolvimento sustentável para todo o território”, frisou.

Para o executivo, liderado pelo comunista António Figueira Mendes, esta votação “obriga a que o município inicie o ano [de 2022] com o orçamento do ano anterior”, ou seja menos três milhões de euros, “sem rubricas novas e desajustado da realidade atual”.

“O orçamento proposto para 2022 era o maior e um dos melhores orçamentos de sempre”, defendeu o autarca, que lamentou “a situação criada” pelos deputados do PS e da coligação PSD/CDS-PP.

Segundo Figueira Mendes, citado no comunicado, a autarquia “iria continuar a investir fortemente na reabilitação urbana em todo o concelho e implementar medidas e projetos de grande importância para a população como seria a forte aposta na habitação”.

Garantiu ainda “continuar a envidar todos os esforços, tal como até agora, para alcançar consensos e convergências” esperando que os dirigentes partidários “coloquem os interesses da população acima dos interesses partidários”.

O orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2022, considerado “um dos mais elevados dos últimos anos”, foi aprovado, no passado dia 09 de dezembro, na Câmara de Grândola pela maioria comunista com os votos contra dos vereadores do PS.

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