O projeto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, com um valor superior a 657 milhões de euros, obteve Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável, foi hoje divulgado.

De acordo com a empresa, em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente emitiu a DIA “com sentido favorável” ao projeto de expansão do complexo industrial de Sines, considerado de Potencial Interesse Nacional (PIN).

A emissão da DIA “é um dos marcos mais esperados”, uma vez que “permite avançar para uma nova etapa do projeto de expansão”, reaçou o diretor do projeto Alba, Juan Lorenzo Boix Arenas, citado no comunicado.

“Estamos a dar mais um passo rumo à descarbonização da Repsol e consequentemente da economia portuguesa”, referiu o responsável, acrescentando que este projeto “possibilitará aumentar as exportações e diminuir as importações da Repsol”.

Uma vez concluído, o projeto Alba, vai permitir “o fornecimento de proximidade de polímeros de alto valor acrescentado a um amplo leque de clusters nacionais exportadores, desde os componentes automóveis aos dispositivos médicos, passando pelos produtos alimentares”, frisou.

De acordo com a empresa, o projeto de expansão do complexo petroquímico da Repsol, em Sines, “corresponde ao maior investimento industrial realizado em Portugal nos últimos 10 anos, com um valor superior a 657 milhões de euros”.

Na fase de construção “vai empregar uma média de 550 postos de trabalho, atingindo um pico de mais de 1.000 trabalhadores” e, quando entrar em operação, a empresa prevê um “aumento líquido de pessoal de, aproximadamente, 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos”.

No comunicado, o diretor do projeto realçou ainda a “colaboração das autoridades nacionais e locais” que “tem sido fundamental” no processo de licenciamento e indicou que está para breve o arranque das obras de expansão do complexo.

“O projeto está previsto arrancar proximamente, prevendo-se que termine em 2025, com o início das suas operações”, concluiu a empresa.

O projeto Alba vai construir duas fábricas que vão utilizar o etileno e o propileno produzidos e que, comummente, são exportados.

As duas fábricas vão utilizar as tecnologias Univation Unipol PE e Spherizone, da LyondellBasell Industries, e esperam, assim, transformar o etileno em polietileno de alta densidade (usado em tubagens, embalagens de plástico para higiene ou produtos alimentares ou películas) ou em polietileno de baixa densidade (usado em espumas, cabos elétricos).

Com este aproveitamento, a Repsol Polímeros espera aumentar a sua produção para até 850.000 toneladas por ano, sendo que 310.000 toneladas deverão ser exportadas através do porto de Sines, 220.000 toneladas para Espanha, 220.000 toneladas para o resto da Europa e 100.000 toneladas deverão ser utilizadas em Portugal.

 

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