André Louzeiro passa a exercer mandato como independente na Assembleia Municipal de Sines
O eleito na Assembleia Municipal de Sines pela CDU, André Louzeiro, passou a exercer o mandato como deputado independente, deixando de representar esta força politica naquele órgão municipal por discordar das posições do PCP sobre o conflito na Ucrânia. A posição foi comunicada ao presidente da Assembleia Municipal de Sines, na reunião que se realizou [...]
O eleito na Assembleia Municipal de Sines pela CDU, André Louzeiro, passou a exercer o mandato como deputado independente, deixando de representar esta força politica naquele órgão municipal por discordar das posições do PCP sobre o conflito na Ucrânia.
A posição foi comunicada ao presidente da Assembleia Municipal de Sines, na reunião que se realizou esta segunda-feira, tendo o deputado invocado o ponto 6 do artigo 50, capítulo V sobre a constituição dos grupos municipais.
Em causa estão “as posições tomadas” pelo PCP sobre o “despoletar do conflito na Ucrânia” que o eleito considera serem “totalmente antagónicas” à sua “postura de defesa dos direitos humanos, da liberdade, da democracia e da auto determinação dos povos”, revelou numa publicação na rede social facebook.
A decisão “ponderada e refletida” nas últimas semanas teve também por base a “ausência de preparação e incapacidade pessoal” de integração “no coletivo partidário” da CDU, “de forma a concretizar e realizar o projeto autárquico para Sines”, explicou o eleito.
“Lamento não ter a capacidade necessária, para "colocar as pedras da calçada no seu devido lugar", mas o que está em causa são os alicerces e arquitetura dos sistemas democráticos”, alegou.
Contactado pela rádio M24, o deputado municipal, não quis prestar declarações adicionais sobre o assunto, reiterando vontade em exercer o seu mandato como eleito independente.
Na sua comunicação, André Louzeiro, garante que não abdicará de “defender os supremos interesses de Sines e dos Sineenses” do permanecerá “fiel aos principios políticos que orientam” a sua “ação e intervenção democrata, progressista e humanista”.
“Continuarei também independente do ponto de vista partidário, sem qualquer filiação ou militância”, ressalvou.
Segundo o artigo 50 da constituição dos grupos municipais “os membros eleitos por partido ou coligação que tenham elegido mais de um membro para a Assembleia Municipal e não integrem, ou deixem de integrar qualquer grupo municipal, comunicam tal facto ao Presidente da Mesa da Assembleia e exercem o seu mandato como independentes”.
Apesar das várias tentativas ainda não foi possível obter uma reação da Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP (DORLA) até ao momento.
A Assembleia Municipal de Sines passa a ser constituída por 11 eleitos do PS, 6 do MaiSines, 3 do PCP/PEV e um independente.
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