A Agenda NEXUS, consórcio liderado pela Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), foi um dos projetos vencedores no âmbito das "Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial", com dotação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O contrato do programa de apoio à inovação foi assinado, no sábado, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, em Lisboa.

Este programa apoia projetos apresentados por consórcios entre empresas e entidades científicas e tecnológicas. Na cerimónia foram assinados contratos que abrangem setores como a ferrovia, aeroespacial, saúde, mobilidade, biotecnologia marítima e indústria têxtil.

De acordo com a APS, em comunicado, o consórcio é constituído por 35 organizações representativas da cadeia de valor, incluindo exportadores, operadores logísticos e de transporte, assim como empresas vocacionadas para exportar tecnologia e ainda entidades não empresariais do Sistema de I&I (ENESII).

O projeto NEXUS tem como objetivo "promover a transição digital e ecológica do setor dos transportes e da logística" com o desenvolvimento "de 28 novos produtos e serviços com elevado grau de inovação e diferenciação, em domínios como ‘open data’ e Inteligência Artificial (IA), aplicados às operações portuárias, dos transportes e da logística, 5G, Cibersegurança, bem como modelos e algoritmos preditivos para a gestão dos recursos energéticos", indicou.

Na cerimónia de assinatura dos programas de apoio, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, frisou que “esta Agenda é crucial para olharmos para as redes logísticas mais avançadas, as redes de transporte, as plataformas de conectividade”, numa lógica de reforço do posicionamento de Sines nas redes de comércio mundiais.

Com um incentivo total de 59 milhões de euros e alinhado com as orientações estratégicas para o Porto de Sines, a administração portuária prevê que este pacto de inovação gere "um volume de exportações dos produtos e serviços desenvolvidos da ordem dos 56 milhões de euros".

Vai permitir também criar "cerca de 1.000 postos de trabalho" e contribuir para "a promoção de um ecossistema logístico de alta performance", assim como no "cumprimento das metas definidas pela União Europeia no âmbito do Pacto Ecológico Europeu", concluiu.