O Observatório de Aves da Estação Elevatória de Santo André foi inaugurado, esta quarta-feira, numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente, Hugo Polido Pires.

A nova instalação surge de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Águas de Santo André (AdSA) no sentido de tornar aquela estação, onde se faz a elevação da água para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Ribeira de Moinhos, num espaço onde é possível conciliar a indústria e a preservação da natureza.

Embora atualmente pertençam ao sistema de águas residuais, a Estação Elevatória, já foi local "de outras operações", tendo a AdSA conservado "as lagoas que constituíam o antigo sistema de tratamento, a primeira como bacia de emergência, e a segunda como espaço de preservação da avifauna".

De acordo com a AdSA, em comunicado, o Observatório de Aves da Estação Elevatória de Santo André, "irá contribui de forma significativa para a promoção da sensibilização ambiental junto da comunidade da sua área de atuação, representando mais um passo para o desenvolvimento da região onde se insere".

Durante a cerimónia, foi também assinado um protocolo tripartido entre a AdSA, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a associação ambientalista  Quercus, que formaliza a colaboração estabelecida desde 2021 entre as três entidades.

Na sua intervenção, o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Polido, felicitou a criação desta
parceria desenvolvida entre a AdSA, o ICNF e a Quercus, destacando “a missão que foi além das
competências que foram atribuídas às Águas de Santo André, pois juntos vão dar mais e melhor qualidade de vida, trazer mais pessoas a este território, sempre respeitando o meio ambiente, a
biodiversidade e todo o enquadramento belíssimo que existe nesta região”.

Quanto ao futuro da região, Hugo Polido garantiu que as águas de reutilização são um objetivo do
Governo, num investimento que pretende “criar uma dessanilizadora através do Grupo Águas de
Portugal, que alimente a indústria e que garanta as disponibilidades hídricas necessárias para que a
indústria se possa desenvolver.”

“Esta é mais uma das muitas conquistas alcançadas pela Águas de Santo André, materializando o
nosso empenho em criar melhores condições e valor na comunidade e para a região, consolidando o nosso propósito enquanto empresa que serve milhares de pessoas com o trabalho que desenvolve diariamente”, afirmou Marcos Sá, presidente executivo da AdSA.

De acordo com o responsável, trata-se de um equipamento "que está a funcionar", sendo possível a visitação dos efeitos "da lagunagem [modalidade de tratamento de águas residuais em que a depuração é feita em lagoa ou bacia artificial] para as aves migratórias".

Com este protocolo foi possível também criar um percurso interpretativo no qual a comunidade poderá ter acesso "à observação da biodiversidade", cuja riqueza é "preciso ser partilhada", adiantou.

"Neste protocolo estão planeadas visitas mensais a esta instalação, através de um percurso interpretativo de vários quilómetros numa nova oferta de turismo sustentável", concluiu.

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