Adesão à greve acima dos 90% na maioria dos concelhos do litoral alentejano (c/áudio)
A adesão à greve de hoje da função pública situa-se acima dos 90% na maioria dos concelhos do litoral alentejano, disse o dirigente da União dos Sindicatos de Sines, Santiago do Cacém, Grândola e Alcácer do Sal, realçando a resposta dos trabalhadores à atual situação social do país. “Devemos considerar que esta foi uma grande [...]
A adesão à greve de hoje da função pública situa-se acima dos 90% na maioria dos concelhos do litoral alentejano, disse o dirigente da União dos Sindicatos de Sines, Santiago do Cacém, Grândola e Alcácer do Sal, realçando a resposta dos trabalhadores à atual situação social do país.
“Devemos considerar que esta foi uma grande greve, das maiores dos últimos tempos, sendo um sinal da insatisfação dos trabalhadores em relação às políticas deste Governo”, afirmou à rádio M24 José Santana.
De acordo com o dirigente, durante o dia de hoje registou-se uma adesão de 92%, em Alcácer do Sal, 94%, em Grândola, 93%, em Santiago do Cacém, e de 73%, em Sines.
Segundo José Santana, esta greve fez-se sentir “principalmente nas autarquias, nos resíduos sólidos urbanos e higiene urbana” que rondou “praticamente os 100 por cento de adesão” em quase todos os concelhos do litoral alentejano.
“Também nas escolas a adesão foi significativa com muitas escolas encerradas” na região, avançou.
Para o dirigente, estes números demonstram “a insatisfação dos trabalhadores perante estas politicas que sobem a renda, os bens de consumo sem que o salário acompanhe essa subida”.
“Os trabalhadores da administração pública em geral, administração local incluída há mais de uma década que estão a ser desvalorizados no seu trabalho e enquanto trabalhadores”, adiantou.
Recorde-se que esta greve nacional de trabalhadores foi convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (da CGTP), considerando que a proposta do Governo de aumentos salariais para 2024 "é miserabilista".
Para o próximo ano está previsto um aumento salarial mínimo de 52 euros ou de 3% para os trabalhadores da administração pública.
A Frente Comum reivindica um aumento dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, para fazer face ao "brutal aumento do custo de vida".
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